Moradores de rua matam idoso após denúncia falsa de estupro em Alfenas (MG), diz polícia

Estão presos em Alfenas (MG) dois homens que teriam assassinado um idoso de 77 anos na última sexta-feira (6). Segundo a Polícia Civil, os presos, que são moradores de rua, teriam agredido a vítima até a morte após uma denúncia falsa de estupro na cidade.
 

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Em depoimento à polícia, os presos confessaram o crime e explicaram o motivo das agressões. “Eles disseram que resolveram matar porque alguém teria dito que a vítima seria um estuprador. Aí resolveram dar uma lição nele. Bateram tanto que chegaram a matar a vítima”, explicou o delegado Márcio Bijalon.
Durante a investigação, no entanto, a polícia não encontrou nenhum registro de estupro ou violência sexual em nome da vítima. “Morreu um inocente, de graça. A verdade é essa. Por uma fofoca. Não achamos nenhum elemento. Eles falaram: ‘Nós já fizemos, agora nós vamos responder pelo que nós fizemos. Mas falaram pra nós que a vítima era um estuprador e resolvemos fazer isso’”, explicou o investigador Rômulo Bruno Tarrayar.

O crime

O corpo de Sebastião Lima, de 67 anos, foi encontrado em um matagal na manhã de sexta-feira (5). Os dois moradores de rua foram presos no mesmo dia, suspeitos do crime.

Segundo a polícia, os presos foram identificados por imagens de câmeras de segurança. Na gravação, é possível ver os homens de 28 e 30 anos chamando o idoso, que estava em uma esquina. “No dia do crime, a vítima estava em um bar bebendo e as câmeras pegaram os autores chamando ele pra conversar”, explicou o delegado.

Em seguida, conforme a polícia, os dois homens arrastaram o idoso para um prédio abandonado, que já funcionou como sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O homem foi espancado.
 
Investigador e delegado de Alfenas (MG) explicaram crime contra idoso — Foto: Reprodução/EPTV
 
Após as primeiras agressões, Sebastião foi levado até um lote vago, do outro lado da rua. No local, o idoso foi espancado até a morte.
Segundo a polícia, os dois presos são usuários de drogas e eram vistos com frequência perto do local do crime. “Eles se encontravam nas ruas eventualmente e essa informação que era um estuprador, um rapaz passou pra eles dias antes”.
O corpo de Sebastião Lima foi enterrado no fim de semana.

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