Santos tem rede de apoio para prevenção de suicídios

A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida. São cerca de 800 mil indivíduos de todo o mundo que colocam fim à própria vida a cada ano. Os números fazem parte de uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2016.

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Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a segunda causa de morte. Se levarmos em conta as tentativas, os dados são ainda mais alarmantes: a cada três segundos, alguém tenta se matar.
Em Santos, segundo dados da Prefeitura, 23 casos de suicídio foram registrados em 2017, gerando uma média de um a cada 16 dias. Em 2018, de acordo com a Seção de Vigilância Epidemiológica (Seviep), foram 11 suicídios e 168 tentativas de suicídio entre residentes de Santos.
Unidades da rede especializada de Saúde Mental de Santos ficam de portas abertas à população. O atendimento é realizado por equipe multiprofissional, formada por psicólogos, terapeutas ocupacionais, médicos, assistentes sociais, entre outros especialistas.
O coordenador do setor na Prefeitura, o psicólogo Paulo Muniz, destaca que não é possível evitar todos os suicídios, mas é possível prevenir muitos deles se houver atenção aos sinais.
"Ficar alerta aos sinais pode ser a diferença para salvar uma vida. O suicídio não envolve apenas uma questão de saúde, mas também educação, a parte social e, principalmente, toda a família".
Há uma rede de apoio também nas universidades. "Tudo o que a gente faz, trabalha a questão da saúde mental de uma forma preventiva. Não podemos ficar só na ponta: está com um problema sério e trata', afirma a coordenadora do curso de Psicologia da UniSantos, professora Flávia Henriques. A Universidade mantém uma Clínica de Psicologia, aberta não só para alunos, mas à população em geral.
Apesar de estar dentro da Universidade, para a coordenadora os problemas de saúde mental não são, em sua maioria, só uma questão da faculdade. "A gente vê que não é no período que estão na universidade, é na sociedade. Há muitos problemas que acontecem. A maior parte das vezes é sobre a vida deles", reitera.
Assim que entram na Universidade, os alunos são informados sobre os programas oferecidos, mas, constantemente, a ajuda oferecida é reforçada.
Estagiários do curso de Psicologia realizam, com supervisão, o atendimento à população em geral. No entanto, por uma questão de ética, alunos de todos os cursos só são atendidos por profissionais já formados.
"É obrigatório que todas as universidades tenham um departamento de atendimento aos alunos. Aqui, o Departamento de Apoio Pedagógico, Psicológico e Social é onde o aluno recebe o primeiro acolhimento", finaliza Flávia.

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