'Serial killer' da peruca é preso e transferido para o 5º DP de Santos

Sob forte escolta policial, o dentista Flávio do Nascimento Graça, de 39 anos, preso na manhã desta quinta-feira (29), em Santos, e conhecido como 'serial killer' da peruca, saiu do Palácio da Polícia, às 15 horas, e será levado para o Instituto Médico Legal, onde passará por exame de corpo de delito. Em seguida, ele será recolhido à cadeia anexa do 5º Distrito Policial de Santos, na Zona Noroeste, já que está com prisão preventiva decretada pela Justiça.
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O dentista é acusado de matar os donos da Clínica Americana e de tentar matar a tiros uma funcionária da rede de consultórios odontológicos. Ele estava foragido desde 2014, quando deu início à série de crimes.
Os advogados do dentista conversaram com a Reportagem e disseram que ele nada declarou ao ser interrogado, afirmando que quer se manifestar em juízo.
Os defensores de Flávio declararam que vão pleitear na Justiça que o cliente seja removido para a Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba.
[caption id="attachment_27623" align="alignnone" width="562"] Segundo advogados de defesa, dentista ficou em silêncio ao ser interrogado (Vanessa Rodrigues/AT)[/caption]
Entenda o caso
O dentista era considerado o procurado número 1 da polícia pela quantidade de crimes em série. Flávio teve duas clínicas dentárias, que faliram após uma filial da Clínica Americana ser aberta nessa mesma via, no número 417. Decidido a se vingar, ele deu início aos ataques.
Em dezembro de 2014, ele baleou o empresário Agilson Correa de Carvalho, de 54 anos, um dos donos da clínica, na Avenida Floriano Peixoto, no Gonzaga. A vítima morreu 72 horas depois.
Em 15 de julho de 2015, dois irmãos e um sobrinho de Agilson também foram baleados, no Centro de Santos. Os três haviam acabado de sair da filial da clínica da Rua João Pessoa, quando surgiu o atirador, usando peruca estilo black power.
Aldacy Correa de Carvalho, de 56 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Atingido na cabeça, Arnaldo Correa de Carvalho, de 54, ficou hospitalizado e faleceu em novembro. O sobrinho, de 21 anos, não morreu por sorte, porque os disparos o atingiram de raspão no nariz e na nuca.
Sobrevivente
A única pessoa que sobreviveu aos ataques foi S.A., de 40 anos. Ela era esterilizadora dos instrumentos da filial da clínica Americana na Avenida Floriano Peixoto, e trabalhou, entre 2007 e 2008 em um dos dois consultórios que Flávio possuía em São Vicente.
A ex-funcionária sofreu emboscada no início da manhã de 23 de setembro de 2015, logo após prender com corrente e cadeado a sua bicicleta, na Rua Marcílio Dias, no Gonzaga.
Com peruca loira e óculos de sol, Flávio não foi reconhecido pela ex-funcionária no momento da tocaia. O reconhecimento ocorreu após a vítima receber alta, depois de ficar 17 dias hospitalizada e ser convidada a reexaminar as imagens das câmeras.

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