Polícia Civil investiga balas recheadas com comprimidos distribuídas a crianças em São Gonçalo do Pará (MG)

Uma menina de 11 anos foi internada após consumir o doce durante ação de Natal em comunidade rural; suspeitos alegam que guloseimas vieram de doação.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) iniciou uma investigação rigorosa para apurar um crime que chocou os moradores de São Gonçalo do Pará, no Centro-Oeste mineiro. Na tarde de terça-feira (23), o que deveria ser uma ação festiva de Natal transformou-se em caso de polícia após a descoberta de comprimidos escondidos dentro de balas distribuídas a crianças da região.

O Caso: Mal-estar e Descoberta

O alerta foi aceso quando uma menina de 11 anos, moradora de uma comunidade rural, começou a passar mal logo após consumir as guloseimas recebidas. Segundo o boletim de ocorrência, a criança recebeu uma sacolinha de doces de um grupo que passava em um veículo modelo carro prata. Entre os voluntários, havia uma mulher caracterizada de Papai Noel.

Poucos minutos após a ingestão, a menina apresentou um quadro clínico preocupante:

  • Forte sonolência;

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  • Dores abdominais agudas;

  • Dor de cabeça e tontura;

  • Formigamento nas pernas.

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A vítima foi socorrida às pressas e encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de São Gonçalo do Pará, onde recebeu tratamento para sintomas de intoxicação.

Evidências de Adulteração

Ao suspeitar da procedência dos doces, a mãe da criança decidiu inspecionar as balas restantes na sacolinha. Para sua surpresa, ao abrir as embalagens, encontrou comprimidos brancos cuidadosamente inseridos no interior dos produtos.

A Polícia Militar foi acionada imediatamente e realizou diligências na Comunidade do Quilombo, onde confirmou que outras crianças também haviam recebido as unidades adulteradas, embora nem todas tivessem chegado a consumir o produto.

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O Grupo e a Versão dos Fatos

Os militares conseguiram localizar os responsáveis pela distribuição — dois homens e duas mulheres. Levados para prestar esclarecimentos, os integrantes do grupo negaram qualquer intenção criminosa. Eles alegaram que decidiram realizar a ação social por conta própria e que parte do material distribuído (incluindo as balas adulteradas) havia sido doada por uma moradora da região.

Até o fechamento desta reportagem, a suposta doadora ainda não havia sido localizada pela polícia, e os integrantes do carro prata foram liberados após o depoimento, já que não houve flagrante de autoria direta na adulteração.

Perícia e Alerta das Autoridades

Os doces e os comprimidos apreendidos foram encaminhados para o laboratório de perícia técnica da Polícia Civil. Os exames toxicológicos devem identificar a composição química da substância e o potencial de letalidade.

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A Prefeitura de São Gonçalo do Pará, por meio das Secretarias de Saúde e Segurança Pública, emitiu um comunicado urgente à população:

"Orientamos pais e responsáveis a não permitirem que seus filhos consumam doces de procedência desconhecida ou entregues em ações informais. Caso encontrem qualquer material suspeito, este deve ser preservado e entregue imediatamente à Delegacia de Polícia ou à Polícia Militar."

A investigação continua para verificar se o ato foi uma tentativa de envenenamento em massa ou uma negligência grave, além de identificar se crianças de comunidades vizinhas também foram alvo da distribuição.


Sugestões para o seu site:

  • Destaque Visual: Use uma imagem de "Alerta" ou foto de viaturas da Polícia Civil para ilustrar a seriedade.

  • Caixa de Utilidade Pública: Adicione um número de telefone da delegacia local ou o 181 (Disque Denúncia) ao final do texto.

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