Advogada com Sete Especializações, Incluindo Lei de Drogas, é Presa no DF por Tráfico e Porte de Arma Restrita

Paranoá, DF — Uma ocorrência policial no Distrito Federal revelou um profundo contraste entre a imagem pública e a realidade criminal de uma profissional do Direito. A advogada Jéssica Castro de Carvalho, de 30 anos, foi presa em flagrante na última quinta-feira (13) no Paranoá (DF), após ser flagrada por policiais militares transportando em seu veículo um arsenal e uma variedade de entorpecentes.

A abordagem, conduzida por equipes do 20º Batalhão de Polícia Militar (20º BPM) e do Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), revelou um cenário de tráfico e armamento pesado, totalmente oposto à vida profissional e social que a suspeita ostentava em suas redes sociais.


 

Abordagem e Reação Emocional

 

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A prisão ocorreu durante uma operação de patrulhamento no Paranoá. Ao abordarem o veículo de Jéssica, os policiais descobriram o material ilícito. A advogada, que se apresentava como uma profissional de sucesso e religiosa em suas mídias, chorou visivelmente no momento da detenção, demonstrando o choque e o nervosismo da situação.

A complexidade do material apreendido levou à imediata condução da suspeita à 6ª Delegacia de Polícia (DP), onde o flagrante foi registrado e o caso agora é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal, que busca apurar a origem dos itens e se há conexões com organizações criminosas.

 

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O Arsenal e o Entorpecente Apreendido

 

O que a Polícia Militar apreendeu dentro do veículo da advogada demonstra a gravidade das acusações de tráfico e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito:

 

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Substâncias Ilícitas (Aparentemente Entorpecentes):

 

  • Uma porção de pó branco, com características semelhantes à cocaína.

  • Diversos tabletes de substância que aparentam ser entorpecentes, possivelmente maconha ou pasta base.

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  • Um saco plástico contendo diversos comprimidos roxos, que se assemelham ao entorpecente sintético ecstasy.

 

Armamento de Uso Restrito e Munições:

 

  • Uma pistola Glock G19, calibre 9 mm, uma arma de fogo de uso restrito no Brasil.

  • Um carregador de capacidade estendida para a pistola.

  • Um total de 26 munições calibre 9 mm (CBC).

  • Um total de 5 munições calibre .380 (CBC).

Além disso, foram apreendidos um passaporte brasileiro e um caderno/agenda de anotações de cor roxa, contendo registros diversos que serão analisados pela Polícia Civil como possíveis provas de contabilidade ou conexões do tráfico.

 

Imagem de Fé, Fitness e Direito Contra o Crime

 

O perfil de Jéssica Castro de Carvalho nas redes sociais, onde acumulava mais de 1.500 seguidores, contrasta drasticamente com a natureza dos crimes pelos quais foi presa. Ela se promovia como uma advogada atuante, com nada menos que sete especializações em áreas do Direito, incluindo ironicamente Lei de Drogas e Violência Doméstica.

Suas publicações mostravam uma rotina aparentemente dedicada, com:

  • Registro de trabalho e atuação profissional.

  • Postagens sobre fé e idas à igreja.

  • Imagens relacionadas à vida esportiva e fisiculturismo ("marombeira").

  • Fotos exibindo o manuseio de armas em clubes de tiro.

Em uma de suas postagens, segundo apurações, ela chegou a refletir sobre o sistema penal, dizendo que "a prisão não afeta apenas quem está atrás das grades; atinge todos ao redor". Essa reflexão agora ganha um significado amargo, aplicada à sua própria situação.

A prisão da "advogata", como era conhecida nas redes, levanta sérios questionamentos sobre o uso da imagem e a conduta de profissionais do Direito, cujas carreiras exigem integridade. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) e a defesa da advogada ainda não se manifestaram publicamente sobre o caso, que segue sob rigorosa investigação.

Fotos: Redes Sociais

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