A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou nesta quinta-feira (13) a Operação 'Creme de la Creme', uma ampla ação de combate ao tráfico de drogas sintéticas e à lavagem de dinheiro que atinge a capital, a Região Metropolitana e o interior do estado.
O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa altamente estruturada que domina a venda e distribuição de substâncias ilícitas de alto valor, como ecstasy, haxixe e skunk.
27 Mandados e Bloqueio Milionário
No total, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em sete cidades mineiras. A ação visa coletar provas adicionais e efetuar prisões relacionadas ao esquema. As cidades envolvidas nas diligências são:
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Belo Horizonte
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Contagem
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Betim
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Sarzedo
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Nova Lima
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Brumadinho
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Pará de Minas (Centro-Oeste do estado)
Além das buscas, a Justiça acatou o pedido da PCMG para o bloqueio de valores pertencentes aos investigados. A Polícia Civil estima que o montante total bloqueado possa chegar à cifra de R$ 50 milhões, indicando a dimensão financeira e a lucratividade ilícita do grupo.
Foco nas Drogas Sintéticas e Lavagem de Dinheiro
De acordo com o Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), a investigação se concentrou na identificação de toda a cadeia criminosa, desde os distribuidores até os mecanismos sofisticados de ocultação do dinheiro.
"Foi identificada uma organização criminosa altamente estruturada, que não apenas atuava na venda e distribuição de drogas sintéticas, mas também estava envolvida em esquemas complexos de lavagem de dinheiro para dar aparência de legalidade aos lucros obtidos com o tráfico", informou a Polícia Civil.
A venda e distribuição de substâncias como o ecstasy e o skunk – uma variação mais potente da maconha – eram focadas em regiões de maior poder aquisitivo e eventos específicos na Grande BH e em cidades turísticas e de veraneio, como Nova Lima e Brumadinho.
Operação de Alto Nível
A Operação 'Creme de la Creme' é coordenada pela 2ª Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico de Belo Horizonte, unidade do Denarc. Cerca de 150 policiais civis foram mobilizados para as diligências, garantindo o cumprimento simultâneo e seguro de todos os mandados.
Os detalhes sobre as prisões efetuadas, os bens apreendidos e as novas fases da investigação devem ser divulgados nas próximas horas pela Polícia Civil, à medida que o balanço final da operação for concluído. O foco agora se volta para a análise dos documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos, que devem revelar novos elos da rede de lavagem de dinheiro e distribuição.