A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de São Paulo (FICCO/SP) deflagrou, nesta terça-feira (23), a Operação Vila do Conde, um duro golpe contra uma complexa organização criminosa transnacional. A ação visa desmantelar uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de capitais, com braços operacionais em cinco estados brasileiros.
Ao todo, a operação mobilizou centenas de agentes para cumprir 22 mandados de prisão preventiva e 40 mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais, expedidas pela 4ª Vara Federal de Belém, estão sendo executadas simultaneamente em São Paulo, Pará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás, demonstrando a capilaridade da rede criminosa.
Origem da Investigação: Uma Apreensão de 458 kg de Cocaína
As investigações que culminaram na Operação Vila do Conde tiveram início em 9 de fevereiro de 2021, após a apreensão de impressionantes 458 kg de cocaína no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, no Pará. A droga, habilmente escondida em meio a uma carga de quartzo, tinha como destino final o Porto de Rotterdam, na Holanda. Essa apreensão estratégica permitiu à FICCO/SP iniciar um trabalho minucioso de inteligência, rastreando a origem e a logística da remessa.
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Com o avanço das apurações, os investigadores conseguiram traçar um panorama detalhado da quadrilha, identificando seus principais líderes e a estrutura logística utilizada para o escoamento da droga do Brasil para a Europa.
Lavagem de Capitais e Estratégia de Fachada
Além do tráfico, a operação também expôs uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro. O grupo criminoso utilizava empresas de fachada e realizava investimentos em negócios formais para dar aparência de legalidade aos lucros ilícitos. Restaurantes, prestadoras de serviço e outras atividades comerciais eram usadas como instrumentos para injetar o dinheiro do tráfico na economia legal.
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A FICCO/SP é um modelo de cooperação entre diferentes agências de segurança e justiça. A operação desta terça-feira contou com o apoio crucial da Polícia Militar de São Paulo e da Receita Federal, além dos esforços conjuntos da Polícia Federal, Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), Secretaria de Administração Penitenciária (SAP/SP) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN). Essa cooperação interinstitucional, focada em inteligência e no combate ao crime organizado, tem sido fundamental para o sucesso de ações como a Operação Vila do Conde.
