A Polícia Civil de Minas Gerais anunciou, nesta segunda-feira (23), a conclusão do inquérito que investigou graves crimes de estupro e cárcere privado cometidos contra três mulheres na cidade de Divinópolis, região Centro-Oeste do estado. Dois homens, ambos com 22 anos de idade, foram formalmente indiciados e responderão pelos delitos.
Detalhes da Investigação
As investigações foram iniciadas em janeiro deste ano, após uma mulher de 29 anos procurar a Polícia Militar para denunciar que havia sido vítima de violência sexual. De acordo com o relato da vítima e as apurações subsequentes, na noite anterior à denúncia, ela conheceu um dos investigados em um bar local. Após o encontro, o suspeito se ofereceu para levá-la de carro e a conduziu até um apartamento situado no centro da cidade. Lá, conforme a investigação, ele teria usado de violência física para estuprar a vítima e mantê-la em cárcere privado.
A delegada Francielly de Queiroz Sifuentes, responsável pelo caso, detalhou o papel do segundo investigado: "O imóvel onde ocorreu o crime pertence ao segundo indiciado, que estava presente durante a ação criminosa e, ao invés de impedir o estupro, negou-se a abrir a porta quando a vítima desesperadamente pediu ajuda para sair do local."
Outras Vítimas Identificadas
No decorrer das investigações, uma segunda mulher, de 26 anos, compareceu à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Divinópolis para relatar um caso de violência semelhante, ocorrido em setembro de 2024. Ela também relatou ter conhecido um dos investigados em uma festa. O suspeito a levou para um quarto, trancou a porta e a forçou a praticar atos libidinosos contra sua vontade.
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Além dessas duas vítimas, uma terceira mulher foi identificada como possível alvo dos mesmos suspeitos, seguindo uma dinâmica similar nos crimes.
Prisão e Busca
Diante da gravidade dos fatos, a Justiça decretou a prisão preventiva de ambos os investigados. Um deles foi detido no dia 30 de abril e permanece sob custódia no sistema prisional. O outro, identificado como proprietário do apartamento, encontra-se foragido e é atualmente procurado pelas autoridades.
Próximos Passos
O inquérito policial foi concluído na última semana e encaminhado ao Poder Judiciário, que dará continuidade ao processo legal. A Polícia Civil reitera seu compromisso em combater a violência contra a mulher e pede que outras possíveis vítimas denunciem os crimes, garantindo o anonimato e o apoio necessário.
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A delegada Sifuentes reforçou a importância da denúncia: "É fundamental que as vítimas de violência sexual procurem a polícia. Nós estamos preparados para acolher e investigar esses casos com a seriedade e o respeito que eles demandam."
