Mulher é Presa Injustamente ao Denunciar Agressão Doméstica em Petrópolis

Débora Cristina da Silva Damasceno, 42 anos, foi detida por engano e mantida presa por três dias após procurar a delegacia para registrar uma queixa de violência doméstica. O caso aconteceu em Petrópolis, Rio de Janeiro, e expõe falhas graves no sistema de identificação criminal.

Confusão com Fugitiva de Minas Gerais Leva à Prisão Indevida

Débora Cristina da Silva Damasceno viveu momentos de terror ao ser confundida com uma criminosa foragida de Minas Gerais, condenada a nove anos de prisão por tráfico de drogas. Após comparecer à 105ª Delegacia de Polícia de Petrópolis para denunciar uma agressão, Débora foi surpreendida com um mandado de prisão em seu nome. A semelhança física e de dados pessoais com a verdadeira criminosa levou à sua detenção imediata.

A vítima permaneceu detida por três longos dias, até que a Justiça realizou a audiência de custódia. Foi somente neste momento que o erro gritante veio à tona e a ordem de soltura foi emitida. A Justiça de Minas Gerais confirmou o equívoco na identificação, reconhecendo que Débora era, de fato, uma vítima de uma terrível confusão.

Polícia Civil Apura Falha na Identificação

Em nota oficial, a Polícia Civil informou que o mandado de prisão foi executado com base em informações que apresentavam semelhanças com os dados de Débora. A corporação abriu uma investigação interna para apurar as circunstâncias que levaram à prisão injusta e para evitar que casos semelhantes se repitam.

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Denúncia de Agressão Doméstica em Segundo Plano

A prioridade da 105ª Delegacia de Polícia de Petrópolis agora é investigar a denúncia de agressão doméstica que motivou a ida de Débora à delegacia. A prisão injusta acabou desviando o foco do crime original, mas as autoridades garantem que o caso será tratado com a devida atenção e rigor.

Advogado Busca Reparação por Danos Morais e Psicológicos

Reinaldo Máximo, advogado de Débora, classificou a prisão como um "absurdo" e anunciou que entrará com uma ação judicial contra o Estado por danos morais e psicológicos. "A minha cliente foi privada de sua liberdade de forma injusta e arbitrária. Essa experiência a traumatizou profundamente. Buscaremos a devida reparação na Justiça", declarou o advogado.

A defesa argumenta que a prisão indevida causou sérios danos à saúde mental de Débora, que agora enfrenta quadros de ansiedade e medo. Além disso, a reputação da vítima foi manchada na comunidade, gerando constrangimento e sofrimento.

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O Impacto da Prisão Injusta

O caso de Débora Cristina da Silva Damasceno reacende o debate sobre a necessidade de aprimorar os mecanismos de identificação criminal no Brasil. A falha no sistema expôs a fragilidade do processo e o risco de pessoas inocentes serem vítimas de erros judiciais. A história de Débora serve de alerta para a importância de garantir a segurança jurídica e o respeito aos direitos dos cidadãos.

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