Um médico mastologista de 46 anos foi preso preventivamente na manhã desta terça-feira (4) em Itabira (MG), sob acusações de estupro e importunação sexual. As denúncias, que envolvem pelo menos seis mulheres, incluindo pacientes e funcionárias do Hospital Nossa Senhora das Dores, onde o médico atuava, desencadearam uma investigação conduzida pela Polícia Civil.
As vítimas, com idades entre 35 e 52 anos, relataram experiências de abuso sexual que teriam ocorrido durante consultas e no ambiente de trabalho. O primeiro caso a vir à tona foi o de uma paciente com câncer, que denunciou ter sido estuprada durante uma consulta no dia 24 de janeiro. A coragem dessa mulher encorajou outras vítimas a se apresentarem à polícia, revelando um padrão de comportamento abusivo por parte do médico.
Investigações e Medidas Judiciais
A Polícia Civil de Itabira iniciou imediatamente as investigações após a primeira denúncia. Além dos depoimentos das vítimas, a polícia solicitou a suspensão do passaporte do médico, e cumpriu um mandado de busca e apreensão em sua residência. A busca visava encontrar provas que pudessem corroborar as acusações, como mensagens, fotos, vídeos, ou quaisquer outros materiais relevantes para o caso. O delegado responsável pelo caso afirmou que todas as denúncias serão investigadas com rigor e que a delegacia está de portas abertas para receber o depoimento de outras possíveis vítimas.
O Ministério Público, considerando a gravidade das acusações e o risco de reiteração dos crimes, requereu a prisão preventiva do médico, que foi deferida pela Justiça. A prisão preventiva visa garantir a ordem pública, a instrução criminal e evitar a fuga do acusado.
Resposta do Hospital e da Defesa
O Hospital Nossa Senhora das Dores, em nota oficial, informou que suspendeu todos os procedimentos realizados pelo médico acusado e que está colaborando integralmente com as investigações. A instituição reforçou seu compromisso com a segurança e o bem-estar de seus pacientes e funcionários, e expressou profundo pesar pelas vítimas.
A defesa do acusado, por sua vez, anunciou que irá entrar com um pedido de habeas corpus para revogar a prisão preventiva. O advogado argumenta que seu cliente não representa risco de fuga, tendo em vista que já estava afastado do hospital desde o dia 27 de janeiro, e que está à disposição da justiça para esclarecer os fatos.