Sargento da PM preso por suspeita de vazar informações de operação contra facção criminosa em BH

Um sargento da Polícia Militar de Minas Gerais foi preso na tarde desta quarta-feira (15) sob suspeita de vazar informações sigilosas de uma operação policial. A operação tinha como objetivo prender um traficante considerado chefe de uma facção criminosa que atua na Cabana do Pai Tomás, região Oeste de Belo Horizonte.

O sargento Charles Henrique Squarcio, de 35 anos, foi detido pela Corregedoria da PM na sede do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul da capital mineira, enquanto estava em serviço. De acordo com o Boletim de Ocorrência, ele foi algemado após ameaçar tirar a própria vida. Sua arma e colete balístico foram apreendidos, e o sargento foi conduzido à sede do 41º BPM, onde aguardará julgamento.

Mandado de prisão e busca e apreensão

O mandado de prisão foi expedido pelo Juiz Valter Guilherme Alves Costa, da 5ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de Belo Horizonte. Além da prisão, o magistrado também autorizou um mandado de busca e apreensão no apartamento do sargento, localizado no bairro Paquetá, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Durante a busca, foram apreendidos um notebook, pendrives, chips de celulares e outros materiais que serão analisados pela investigação.

Operação Êxodo e a fuga do traficante

A operação policial, denominada "Êxodo", ocorreu em 27 de novembro do ano passado e tinha como alvo principal o traficante Rafael Carlos da Silva, conhecido como "Paraíba". A ação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do MPMG, onde o sargento Squarcio trabalhava. As investigações apontam que o sargento vazou informações cruciais para o traficante, permitindo sua fuga. Apesar da fuga de "Paraíba", a operação resultou na prisão de outros 14 suspeitos.

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As autoridades acreditam que Charles Henrique Squarcio agiu sozinho no vazamento das informações. A investigação continua para apurar a extensão do envolvimento do sargento com a facção criminosa e a motivação por trás de suas ações. O Ministério Público e a Polícia Militar trabalham em conjunto para garantir que todos os responsáveis sejam identificados e levados à justiça.

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