Gaston Fernando Burlon, de 51 anos, ex-secretário de Turismo de Bariloche, Argentina, luta pela vida após ser baleado na cabeça no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (12). O crime ocorreu enquanto Burlon, sua esposa e filhos se dirigiam ao Cristo Redentor, utilizando um aplicativo de GPS que os levou inadvertidamente para uma área perigosa conhecida como Escondidinho, dominada pela facção criminosa Comando Vermelho.
A família viajava em um Volkswagen Taos, quando foram surpreendidos por disparos vindos da comunidade. Burlon foi atingido na cabeça e socorrido às pressas para o Hospital Municipal Souza Aguiar, onde se encontra em estado crítico. Sua esposa e filhos, apesar do trauma, não sofreram ferimentos físicos.
A Polícia Militar e a Polícia Civil estão investigando o caso e reforçaram o patrulhamento na região do Escondidinho. As autoridades acreditam que o ataque tenha sido um ato de violência aleatória, consequência da entrada acidental da família em uma área considerada extremamente perigosa.
Repercussão Internacional e Preocupação com a Segurança
O caso gerou grande repercussão na Argentina e preocupação com a segurança de turistas no Brasil. O secretário de Turismo da Argentina, Daniel Scioli, solicitou ao Ministério das Relações Exteriores argentino que acompanhe de perto a situação e preste todo o apoio necessário à família de Burlon. A imprensa argentina destaca a tragédia e questiona a segurança pública nas grandes cidades brasileiras.
Este incidente trágico expõe a vulnerabilidade de turistas que dependem de aplicativos de GPS e reforça a necessidade de maior conscientização sobre os riscos de se aventurar em áreas controladas pelo crime organizado. A situação também reacende o debate sobre a violência urbana no Rio de Janeiro e a importância de políticas públicas eficazes para garantir a segurança tanto de moradores quanto de visitantes.