Uma denúncia formal foi apresentada ao Ministério Público de Minas Gerais por deputados estaduais a respeito da precária situação da frota de rabecões da Polícia Civil do estado. A denúncia, motivada por informações do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol), expõe a grave deficiência no serviço de remoção de corpos na Grande BH, impactando cerca de 50 municípios, incluindo a capital.
De acordo com o Sindpol, apenas um dos sete rabecões da frota está em condições operacionais, enquanto a demanda da região metropolitana exigiria, no mínimo, 14 veículos. Essa discrepância alarmante resulta em atrasos superiores a 12 horas na remoção de corpos, prejudicando investigações criminais e causando sofrimento adicional às famílias das vítimas.
Deputados apontam sucateamento e risco à saúde
No documento encaminhado ao Ministério Público, os deputados estaduais enfatizam o “sucateamento alarmante” dos rabecões em operação. Alegam que as más condições dos veículos representam um risco não apenas para a saúde dos investigadores e policiais que os utilizam, mas também para a preservação das cenas de crime e a integridade dos corpos, comprometendo a coleta de evidências cruciais para as investigações.
Os parlamentares argumentam que essa situação configura descaso com a dignidade dos mortos e desrespeito à dor das famílias enlutadas.
Polícia Civil alega manutenção periódica e locação de novos veículos
Em resposta à denúncia, a Polícia Civil de Minas Gerais emitiu uma nota afirmando que a manutenção dos veículos da frota é realizada periodicamente em oficinas credenciadas, que operam com prioridade para atender às demandas da corporação. A nota também menciona que um processo de locação de novos rabecões está em andamento, porém, não especificou prazos para a concretização do contrato nem a quantidade de veículos a serem locados.
Os deputados estaduais autores da denúncia exigem uma investigação rigorosa por parte do Ministério Público e a adoção de medidas urgentes para solucionar o problema. Prometeram acompanhar de perto o caso e cobrar a Polícia Civil e o Governo do Estado pela renovação da frota e a garantia de condições dignas de trabalho para os servidores.