Dólar Bate Recorde Histórico de Fechamento Frente ao Real em Meio a Tensões Globais e Declarações de Trump

O dólar comercial fechou nesta segunda-feira (2), em alta expressiva, atingindo um novo recorde histórico frente ao real. A moeda americana valorizou-se 1,13%, encerrando o pregão cotada a R$ 6,0685. A máxima do dia chegou a R$ 6,0913, enquanto a mínima foi de R$ 5,9954. Este movimento reflete um cenário de crescente aversão global ao risco, com investidores buscando segurança no dólar em detrimento de moedas de mercados emergentes, como o real brasileiro.

Declarações de Trump e Incertezas Globais Impulsionam o Dólar

As declarações recentes do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a possibilidade de impor tarifas aos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) contribuíram significativamente para a desvalorização do real. A ameaça de uma guerra comercial com estes importantes parceiros econômicos globais gerou um clima de incerteza nos mercados, pressionando ainda mais a moeda brasileira. Investidores temem que tais medidas protecionistas possam prejudicar o comércio internacional e impactar negativamente o crescimento econômico de países emergentes.

Real entre as Moedas com Pior Desempenho

O real brasileiro teve um dos piores desempenhos do dia entre as 33 moedas mais líquidas do mundo, ficando na quarta posição em termos de desvalorização frente ao dólar. Este resultado ressalta a vulnerabilidade da moeda brasileira diante do cenário internacional conturbado.

Índice DXY Reflete Força do Dólar

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes (euro, iene japonês, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço), avançou 0,67%, atingindo 106,446 pontos. Este fortalecimento do dólar é um reflexo da busca por segurança por parte dos investidores e também do enfraquecimento de outras moedas, como o euro.

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Euro em Queda Contribui para Aversão ao Risco

O euro também registrou queda nesta segunda-feira, desvalorizando-se 0,28% frente ao real e sendo negociado a R$ 6,3658. A moeda europeia enfrenta pressões devido às incertezas políticas na França, que contribuem para o ambiente de aversão ao risco global. A instabilidade política na Europa gera preocupações quanto à recuperação econômica da região, impactando negativamente o euro.

Perspectivas para as Economias Emergentes

O cenário atual apresenta desafios significativos para as economias emergentes, incluindo o Brasil. A combinação de um dólar forte, políticas comerciais protecionistas e incertezas políticas globais cria um ambiente de pressão sobre as moedas destes países e pode impactar negativamente suas exportações. Analistas apontam que a volatilidade nos mercados deve persistir até que haja maior clareza sobre as políticas econômicas da nova administração americana e o cenário político internacional.

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