Câmara aprova proibição de celulares nas escolas: entenda os impactos e desafios da medida

Em uma decisão que promete gerar amplo debate na sociedade brasileira, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que visa proibir o uso de celulares nas escolas em todas as etapas da educação básica, abrangendo tanto instituições públicas quanto privadas. A medida, relatada pelo deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), tem como objetivo principal "proteger" os jovens e prevenir "problemas sociais e individuais" associados ao uso excessivo de dispositivos móveis durante o período escolar.

Detalhes da proposta

A nova regra estabelece diretrizes específicas para diferentes níveis educacionais:

  • Educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental: Proibição total de levar celulares para a escola.
  • Anos finais do ensino fundamental e ensino médio: Alunos poderão trazer os aparelhos, mas seu uso será vetado durante o período escolar.

Esta distinção visa adaptar a medida às diferentes faixas etárias e necessidades dos estudantes, reconhecendo que alunos mais velhos podem precisar dos dispositivos para comunicação fora do ambiente escolar.

Tramitação e apoio popular

Após a aprovação na Comissão de Educação, a proposta seguirá para análise na Comissão de Constituição e Justiça, um passo crucial para sua eventual implementação. O apoio à medida parece ser significativo entre a população brasileira, com uma pesquisa recente do Instituto Locomotiva revelando que 80% dos brasileiros são favoráveis à proibição.

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O ministro da Educação, Camilo Santana, foi um dos principais articuladores dessa iniciativa, tendo anunciado a elaboração do projeto em setembro de 2023. Seu envolvimento demonstra o comprometimento do governo federal com a questão.

Contexto educacional e internacional

A proposta surge em um momento em que estudos internacionais apontam para os desafios enfrentados pelas escolas brasileiras em relação ao uso de tecnologia. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022 revelou que 45% dos alunos brasileiros se distraem com dispositivos eletrônicos durante as aulas, um número alarmante que ressalta a necessidade de ação.

A iniciativa brasileira segue uma tendência internacional. Países como França, Espanha e Itália já implementaram restrições semelhantes, com resultados positivos relatados por educadores e políticos. Essas experiências internacionais podem servir como modelos para a implementação bem-sucedida da medida no Brasil.

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Desafios na implementação

Apesar do amplo apoio, a efetiva aplicação da proibição enfrenta obstáculos significativos. Um dado preocupante é que, embora 20 estados brasileiros já possuam legislações semelhantes, apenas 12% das escolas conseguiram implementá-las de fato. Isso levanta questões importantes sobre:

  • A capacidade de fiscalização das escolas
  • A necessidade de recursos adicionais para garantir o cumprimento da lei
  • A importância de campanhas educativas para alunos, pais e professores
  • O desenvolvimento de alternativas pedagógicas que possam substituir positivamente o uso de celulares em sala de aula

Perspectivas futuras

A aprovação desta proposta marca o início de um debate importante sobre o papel da tecnologia na educação brasileira. Enquanto a medida visa melhorar o foco e o desempenho dos estudantes, será crucial acompanhar de perto sua implementação e impactos a longo prazo.

Educadores, pais e legisladores terão que trabalhar em conjunto para garantir que a proibição não apenas seja efetiva, mas também contribua positivamente para o ambiente de aprendizagem. Isso pode incluir o desenvolvimento de políticas complementares que promovam o uso responsável da tecnologia fora da sala de aula e invistam em recursos educacionais alternativos.

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À medida que o projeto avança para as próximas etapas legislativas, o Destaknews continuará acompanhando de perto esse assunto de grande relevância para o futuro da educação no Brasil.

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