Venda de álcool líquido volta a ser proibida a partir do dia 30; consumidores reclamam

Revogada em 2020 durante a epidemia de Covid-19, uma vez que usado para a higienização de mãos e objetos ajudava a evitar a disseminação do vírus, o álcool líquido terá a venda proibida novamente a partir do dia 30 deste mês. A uma semana de a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entrar em vigor, consumidores reclamam.

A expectativa é que em duas semanas a disponibilidade seja apenas em outras formas, como gel. Uma outra alternativa caseira seria a utilização de vinagre, opção que não agrada.

De acordo com o Ministério da Saúde, são registradas cerca de 150 mil internações por ano, em decorrência de queimaduras. Com base em levantamentos e consultas com participação da sociedade, a Anvisa explica que, em geral, a situação mais perigosa envolvendo queimaduras está relacionada ao uso do álcool no momento em que as pessoas acendem churrasqueiras e fogueiras.

Supermercados querem vender

A retirada de álcool líquido das prateleiras de supermercados foi criticada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A entidade reivindica, junto à Anvisa, que a medida seja revista, sob o argumento de que “o consumidor já se acostumou a comprar [o produto] não só em farmácias, mas em supermercados de todo o Brasil”.

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Segundo a Abras, “a proibição da comercialização retirará do consumidor o acesso ao produto de melhor relação custo-benefício, comprovadamente eficaz nos cuidados com a saúde, na sanitização de ambientes e na proteção contra doenças, incluindo a Covid-19”.

A Abras acrescenta que, desde a autorização da Anvisa em 2022, mais de 64 milhões de unidades de álcool líquido 70% foram comercializadas pelos supermercados. “O setor tem observado que o consumidor mantém a preferência pelo álcool 70% na forma líquida por não deixar resíduos em móveis e objetos”.

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