Defesa afirma que Bolsonaro não estava ciente das leis de proteção às baleias e destaca dificuldade em controlar o animal

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de polêmica após ser investigado por supostamente importunar uma baleia-jubarte durante uma visita ao litoral norte de São Paulo, mais especificamente em São Sebastião, no ano de 2023. A defesa de Bolsonaro, representada pelos advogados Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser, Eduardo Kuntz e Fábio Wajngarten, argumentou perante a Polícia Federal que o político não estava ciente de que a proximidade com baleias constitui um crime, ressaltando também a complexidade de controlar um animal de tamanho tão imponente.

O depoimento de Bolsonaro à PF ocorreu na tarde desta terça-feira (27), onde o ex-presidente explicou que, ao se deparar com a baleia-jubarte enquanto pilotava um jet-ski, tomou todas as precauções necessárias. O advogado Daniel Tesser destacou que "você não consegue controlar um animal daquele tamanho quando ele surge e emerge da água, vindo de baixo", enfatizando a dificuldade inerente à situação.

Tesser reiterou que Bolsonaro seguiu estritamente as medidas determinadas pela lei no momento do avistamento da baleia, mesmo não estando ciente da proibição de importunação desses animais marinhos. "Ele também nem sabia que tinha essa proibição, mas mesmo assim, tomou todos os cuidados necessários para não criar nenhum tipo de interferência, de atrapalhar, interferir, impedir", afirmou o advogado.

Após o depoimento, Bolsonaro deixou as dependências da Superintendência da PF em São Paulo por volta das 16h, sem prestar declarações à imprensa ou aos poucos apoiadores que o aguardavam do lado de fora do prédio.

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A presença dos advogados durante o depoimento também foi destacada, incluindo Fábio Wajngarten, que acompanhou Bolsonaro durante a viagem ao litoral norte paulista e também foi chamado para depor no contexto da investigação.

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