Argentina: O desastre da mistura de déficit público, inflação e populismo

Como um país que no início do século XX era um considerado um dos países mais ricos do mundo e hoje possui 10% da população de indigentes e 40% da população na pobreza?

Com essa pergunta e uma insatisfação popular que o atual presidente Alberto Férnandez que possui 80% de desaprovação irá entregar um país aos frangalhos. 

Nossos hermanos possuem uma inflação de 138,3% e está caminhando rapidamente para uma hiperinflação, por outro lado, os indicadores sociais indicam um país em que quase 40% das pessoas vivem em zona de pobreza e se não fosse os programas sociais o número poderia estar maior, é o que diz o Mario Riorda, presidente da Associação Latino-Americana de Pesquisas em Campanhas Eleitorais.  


O atual cenário foi sedimentando ao longo de décadas sustentado por altos gastos públicos e a irresponsabilidade fiscal que levaram o país a declarar moratória diversas vezes ao longo de sua história econômica, a última e mais grave foi em 2001 como confisco bancário, calote da dívida pública e 50% da população na linha de pobreza.

Essa economia que foi elogiada pelo presidente Lula no início do ano como uma economia" privilegiada" é fruto de amplos debates e estudos no mundo acadêmico, o desafio argentino de se livrar de uma inflação que passa os 80% e estabilizar as contas públicos sem aumentar a desigualdade social será o maior desafio do próximo presidente.
 O Brasil tem interesse direto na plena recuperação da Argentina, nosso vizinho é o maior importador de Soja e eletrodomésticos, ao total só no ano de 2022 o Brasil teve uma balança positiva de US$ 2,2 bilhões de dólares no comércio com os argentinos, a sorte aos hermanos em 2023 pode ser também a sorte do Brasil.

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Colunista
David Müller
davidmuller2oo6@yahoo.com.br

David Müller 
MBA em Administração Pública: Gestão, Planejamento e Orçamento (PUC/MG)
Especialista em Direito Administrativo (PUC/ MG)
Formado em Direito (PUC/ MG) e em Gestão Pública (Estácio/ RJ).