No discurso feito para o consórcio Sul- Sudeste, entidade que reúne os governadores da região, no dia 20 de Outubro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema foi enfático na defesa dos veículos movidos a Etanol e sua sustentabilidade, o recado era claro, uma transição forçada iria gerar um desemprego gigante no estado.
O governador citou os empregos que seriam extintos, haja vista Minas Gerais ser um dos estados que mais produzem e exportam veículos movidos a combustão no Brasil, o governador citou o desemprego que iria causar a adoção desmerecida de carros elétricos, imagina dois exemplos, postos de combustíveis e indústrias que fabricam peças para motores, dois exemplos só pra início de conversa, e claro não poderia faltar um leve detalhe, o governador lembrou que em muitos países europeus o cidadão carrega seu carro elétrico através de uma energia altamente poluidora, podemos citar o caso da Alemanha, que ativou suas usinas termoelétricas após o corte do gás russo, devido à guerra da Ucrânia.
É irônico que carros elétricos sejam carregados através de usinas de carvão, ou no mínimo uma piada sem graça, claro quem conta são os países europeus, os mesmos que impõem uma imagem de desenvolvidos e civilizatórios, mesmo depois de queimarem todas as suas florestas e claro não podemos citar isso, o óbvio no Brasil ficou criminalizado, só quem acredita nele é quem não tem o iluminado senso crítico.
A pauta ambiental precisa ser convergente com o crescimento econômico e geração de empregos, claro que todo avanço tecnológico sustentável é bem-vindo, por outro lado, toda vocação energética precisa ser levada em consideração, adotar pautas sem realizar uma reflexão realista pode mergulhar Minas Gerais em um sério problema, já não basta o alto déficit público, a pobreza no norte do estado e limitação orçamentária do estado em realizar investimentos estratégicos.
Continua após a publicidade
