Protestos na França em prol de aumento salarial acabam em confronto entre polícia e manifestantes

Setores de transportes e energia são os mais afastados; quase 300 mil pessoas participaram das manifestações, segundo a CGT.

Milhares de pessoas foram as ruas na França para reivindicar um aumento salarial, de modo a compensar a inflação e denunciar a resposta do governo à paralisação nas refinarias. Mais investimentos em escolas, hospitais e previdência social, abandono das reformas do seguro-desemprego e do mudança da aposentadoria de 62 para 65 anos, reajustes salariais, são várias as demandas que os manifestantes reivindicam. A gota d’água para quatro sindicatos e várias associações foi, porém, que o governo convocou funcionários em greve nas refinarias para aliviar a escassez de combustível. As semanas de trens foram reduzidas pela metade uma vez que vários sindicatos convocaram uma greve nacional em capitalizar com a mais alta inflação em décadas para expandir para outros setores da economia uma ação que já dura em refinarias de petróleo. Quase 300 mil pessoas, segundo a CGT, e 107 mil, de acordo com o Ministério do Interior, participaram dos protestos em várias cidades. Em Paris, houve distúrbios, e 11 pessoas foram detidas. Estudantes, funcionários públicos, comerciantes, trabalhadores do setor de energia e dos transportes, entre outros, foram convocados para defender o direito à greve e exigir aumento salarial. A paralisação, três dias antes de duas semanas de férias escolares, teve, porém, uma adesão desigual. O serviço de trens na região de Paris foi especialmente afetado.

Nesta terça-feira, os protestos acabaram em confronto entre policiais e manifestantes. Dezenas de pessoas  vestidas de preto aumentaram o confronto com a polícia e quebraram vitrinas de lojas em Paris. À medida que a marcha ficou mais tensa, os repórteres da Reuters viram a polícia atacar os manifestantes, enquanto a BFM TV exibiu imagens de pessoas encapuzadas e vestidas de preto quebrando vitrines. Uma pesquisa da BFM TV mostrou que apenas 39% do público apoiou a convocação desta terça-feira para uma greve nacional, enquanto 49% se opõe a ela, e os números crescentes têm se oposto à greve dos trabalhadores das refinarias de petróleo. O apelo à greve foi mais observado nas escolas, onde se opõem às escolas profissionais as escolas candidatas. As escolhas foram feitas durante o período de elaboração do orçamento de 2023 usando poderes constitucionais especiais que determinaram uma votação no Parlamento, disse primeira a administração Elisabeth Born no domingo.

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*Com informações da Reuters e AFP

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