Diretora de escola investigada por maus-tratos a bebês está foragida

A diretora da escola infantil particular Colmeia Mágica, localizada na Zona Leste de São Paulo, que é investigada por maus-tratos a crianças, passou a ser considerada foragida da Justiça após a decretação da sua prisão temporária, na última terça-feira (22).

Roberta Regina Rossi Serme, de 40 anos, é uma das sócias proprietárias da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, na Vila Formosa. Após a circulação de vídeos que mostram crianças em situação de maus-tratos, ela passou a ser investigada por esse crime, além de periclitação de vida, que é colocar a saúde das crianças em risco, submissão delas a vexame ou constrangimento e tortura.

Os vídeos circularam nas redes sociais revelando ao menos quatro crianças amarradas, com braços presos por panos, parecendo que estavam imobilizadas por camisas de força.

A diretora da escola Roberta Regina Rossi Serme. Foto: Reprodução.

Nas imagens, as crianças estão chorando dentro de um banheiro, sentadas em cadeirinhas de bebê, no chão, embaixo de uma pia e próximas à privada. A instituição é alvo de um inquérito policial aberto na Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), da 8ª Delegacia Seccional.

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A escola é frequentada por crianças com menos de 1 ano até 6 anos de idade - do berçário ao Jardim 2.

No último domingo (20), o Fantástico, da TV Globo, divulgou um áudio - compartilhado pela mãe de uma criança - em qua a diretora se defende das acusações: "Denúncia completamente descabida e com coisas sem contexto".

À polícia, a diretora negou ter amarrado ou mandado alguém amarrar as crianças que aparecem nas imagens.

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Defesa diz que cenas foram forjadas

O advogado da diretora já negou as acusações e disse que a cena gravada foi forjada.

"Considerando que a Justiça determinou o sigilo das investigações, algumas informações ainda não podem ser divulgadas. Por exemplo, a pessoa que efetivamente gravou esses vídeos, montou aquela cena pra fazer a gravação dos vídeos, e também ainda não podemos divulgar o apoio externo que essa pessoa recebeu pra fazer a confecção desses vídeos", afirmou André, na semana passada ao Jornal Nacional.

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"A escola reconhece os alunos, o ambiente, aparentemente é dentro da escola", disse. "Porém as circunstâncias com que os vídeos foram gravados não condizem com a realidade da escola. Foi feito sem nenhum conhecimento por parte das diretoras, das demais professoras."

Professoras da escola, no entanto, afirmaram à polícia que Roberta orientava que os bebês fossem amarrados no banheiro, de forma que não fosse possível ouvir o choro deles. Mães também relataram que os filhos chegavam da escola com ferimentos e assustados. Em 2021, uma criança foi internada com falta de ar.

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