Em moeda local, o banco digital é avaliado em R$ 233 bilhões, à frente de Itaú (R$ 213 bilhões), que era o líder da região em valor de mercado até agora; operação pode puxar 'fila' de fintechs brasileiras rumo a NY.
O Nubank fincou a bandeira na Bolsa e virou a instituição financeira mais valiosa na América Latina. A fintech definiu nesta quarta-feira, 8, o preço de sua ação na oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em US$ 9. A esse valor, o banco estreará amanhã na Bolsa de Nova York (Nyse) e na brasileira, a B3, valendo US$ 41,7 bilhões logo partida – ou R$ 233 bilhões, considerada a taxa de câmbio a R$ 5,60. A matéria continua após a publicidade Com essa avaliação, a fintech ultrapassa o valor de mercado do Itaú Unibanco, de R$ 213 bilhões na B3. Ainda no mercado local, o Bradesco tem um valor de mercado de R$ 188 bilhões. A seguir vêm Santander (R$ 125 bilhões) e o Banco do Brasil (R$ 93 bilhões). O também banco digital Inter, por sua vez, vale atualmente R$ 32 bilhões. Na oferta, o banco do cartão roxo arrecadou US$ 2,6 bilhões, considerado apenas o lote principal de papéis. O dinheiro que será utilizado, por exemplo, para gastos com capital de giro e despesas operacionais, segundo aponta a instituição no prospecto da operação. Fora isso, os recursos levantados poderão ser utilizados em investimentos e aquisições.
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Foto: DestakNews/Divulgação[/caption]
A estreia da instituição financeira, na Nyse e B3, ocorrerá nesta quinta-feira, 9. O código de negociação escolhido foi “NU”. Por aqui, o papel que será negociado será uma BDR, que é um certificado de uma ação listada fora. Isso ocorrerá porque a bolsa dos Estados Unidos será o mercado primário da fintech. No Brasil, o código será “NUBR33”.
Apesar de ser uma das ofertas de 2021 mais aguardadas em todo o mundo, o Nubank não atravessou ileso à maior volatilidade do mercado, situação piorada com a variante Ômicron provocando ainda mais dúvidas sobre o crescimento da economia global em 2022.
