A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou, na manhã desta sexta-feira (18), a conclusão do inquérito policial que apurou o acidente com o ônibus da linha 305 (Estação Diamante/Mangueiras). O fato ocorreu na noite da terça-feira de Carnaval (13/2), no bairro Mangueiras, na região do Barreiro, Capital.
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Testemunhas afirmam que o ônibus descia uma rua em alta velocidade, perdeu o controle direcional e caiu em um córrego. Cinco pessoas morreram e outras 18 pessoas, todas ocupantes do veículo, ficaram feridas. De acordo o Delegado Roberto Alves Barbosa Junior, Chefe da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação de Crimes de Trânsito, no decorrer do trabalho investigativo, foi completamente descartada a falha do motorista, a hipótese do motorista ter tentado suicídio ou um mal súbito. “As testemunhas e vítimas narram que o motorista chegou a gritar, momentos antes do acidente, que o ônibus estava sem freio. O motorista foi também vítima desse acidente, infelizmente por falha mecânica”, afirmou o Delegado.
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Segundo o Delegado Pedro Ribeiro, foi comprovado que houve falha mecânica no sistema de frenagem. Durante todo o percurso do ônibus, o tacógrafo indicou que o veículo circulava abaixo de 60 km/h. No momento do acidente, o veículo chegou a aproximadamente 100 km/h. “O compressor que deveria mandar ar para o sistema de freio falhou e, por isso, o motorista não conseguiu frear. Isso foi comprovado, inclusive, pela ausência de frenagem no local do acidente”, esclareceu o Delegado.
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Foto: Pedro Gontijo/Hoje em Dia[/caption]
O veículo passou por uma vistoria em outubro de 2017 e estava atendendo a todos os requisitos legais para circulação. Descarta-se a princípio, portanto, uma responsabilidade penal da empresa, mas que poderá ser acionada na vara cível pelos prejudicados com o acidente.