
- 02/05/2025 - Itapecerica/MG
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O avião que levava Marília Mendonça (1995-2021) para um show em Minas Gerais, mas caiu na serra de Caratinga, era alvo de denúncias na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). "A empresa acumula irregularidades que colocam em risco tripulantes e passageiros", diz documento do MPF (Ministério Público Federal). A cantora de 26 anos e mais quatro pessoas que estavam com ela morreram na tarde desta sexta-feira (5).
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Uma pesquisa pública feita no site da Agência mostra que a empresa proprietária da aeronave, a PEC Táxi Aéreo, acumula três processos no Estado de Goiás. No entanto, o sistema da agência afirma que a aeronave encontra-se em situação regular e que conta com autorização para realizar táxi aéreo.
No relatório do MPF, ao qual o Notícias da TV teve acesso, foram descritos os riscos do para-brisa da aeronave com prefixo PT-ONJ. "O vidro fica embaçado, com prejuízo visual em pousos e decolagens, fato conhecido pela empresa, porém ignorado", afirma o documento.
O detalhe porém, ainda não foi atribuído à queda do avião onde estava a cantora sertaneja. A aeronave era um bimotor Beech Aircraft, com capacidade para seis passageiros.
O MPF também pontua que, segundo fontes do órgão, a PEC Táxi Aéreo teria se utilizado de "meios ilícitos de burlar a ocorrência de auditorias e vistorias da
Anac".
Outra informação obtida no documento diz respeito ao treinamento para voos, "lançando mão do código da Anac, de outro piloto com hora voo
liberada". Ou seja, excedendo a carga de trabalho permitida por lei, que é uma norma de segurança.
O Notícias da TV entrou em contato com a PEC Táxi Aéreo, mas não obteve resposta até a atualização deste texto. A Anac reforçou que a empresa tem autorização para realizar táxi aéreo e que o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade do avião, documento que atesta as condições deste tipo de veículo, é válido até julho de 2022.
Após a repercussão das informações públicas, o documento do MPF foi colocado em sigilo. A Aeronáutica, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), comanda as investigações do acidente e já começou o trabalho de apuração.

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