CPI da Covid não produziu nada além de rancor e ódio, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que a CPI da Covid do Senado não produziu nada a não ser “ódio e rancor”, em uma crítica no dia em que o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), faz a leitura do seu parecer que aponta Bolsonaro como principal responsável pelos erros na condução da pandemia que matou mais de 600 mil pessoas no país.   A matéria continua após a publicidade “Como seria bom se aquela CPI tivesse fazendo algo de produtivo para o nosso país. Tomaram tempo do nosso ministro da Saúde, servidores, pessoas humildes e empresários”, disse Bolsonaro durante evento no interior do Ceará.
“Nada produziram a não ser ódio e rancor”, emendou. Renan sugeriu indiciamento de Bolsonaro por uma série de delitos: epidemia com resultado de morte, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, crimes contra a humanidade nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo. Após reunião na véspera com senadores da CPI, o relator decidiu retirar as sugestões para os órgãos de controle indiciarem o presidente pelos crimes de homicídio e genocídio. Bolsonaro eximiu-se de responsabilidade em seu discurso no Ceará, ao afirmar saber que “não temos culpa de nada” e que fez a “coisa certa desde o primeiro momento”. Ele voltou a defender medicamentos ineficazes contra a Covid-19 no tratamento da doença, um dos motivos que levaram Renan a pedir seu indiciamento. Durante o discurso de Bolsonaro, a plateia de apoiadores do presidente gritou “Renan vagabundo”, ao que Bolsonaro respondeu: “A voz do povo é a voz de Deus”.

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