
Como o registro das chapas pode ser feito no TRE até o dia 26, é possível que novos movimentos políticos tirem algumas candidaturas do páreoNão todos, já que muitas legendas entraram na briga pensando em puxar votos para seus candidatos a vereador, diante do fim das coligações proporcionais, além de atingir a cláusula de barreira estabelecida pelo TSE. Há também quem pense em colocar o nome de olho nos processos eleitorais de 2022 e 2024. “O grande desafio dos candidatos será animar o eleitor que, até por causa da pandemia, não se mostra envolvido com a eleição. A quantidade elevada de nomes na disputa acaba criando maior confusão e desmotivando ainda mais. Acredito que tenhamos índices de abstenção muito grandes”, prevê o cientista político Adriano Cerqueira, do Ibmec. Para ele, mais do que nunca o terreno da campanha se dará nas redes sociais. “Um candidato aparecer na rua de máscara vai contra qualquer manual de marketing político. E se o desafio é aparecer, ser visto, pior ainda. Quem tem maior tempo de rádio e TV deve articulá-lo de forma perfeita com as redes sociais. Os demais terão nelas praticamente sua única plataforma de campanha”. Opostos Para o cientista político e diretor da Quaest Consultoria Felipe Nunes, a campanha em BH tende a mostrar dois prismas opostos. “A oposição vai procurar insistir em obras que não tenham sido feitas, eventuais promessas não cumpridas, e tentar desconstruir a atual gestão. O prefeito, por sua vez, vai mostrar que fez o que havia proposto e mantém a cidade funcionando. Os temas devem ser os de sempre: saúde, educação, infraestrutura. A disputa municipal normalmente se coloca em relação a quem consegue resolver problemas”. O especialista acredita que a quantidade de candidatos tende a favorecer o atual ocupante do cargo. “Vai haver uma poluição na comunicação, o que só beneficia quem não precisa de visibilidade”, diz.