Tráfico ilícito de drogas, receptação e tentativa de homicídio. Esses são alguns dos crimes atribuídos aos sete presos pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) durante operação realizada na última sexta-feira (15), em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Quatro desses suspeitos tinham mandados de prisão expedidos pela justiça.
A matéria continua após a publicidade
As investigações, conduzidas pelo Departamento de Operações Especiais (Deoesp), iniciaram em 2019 e resultaram na identificação de nove integrantes do grupo criminoso. A maioria dos suspeitos pertence a mesma família que, conforme levantamentos policiais, domina há anos o tráfico de drogas no município de Esmeraldas.
O delegado que coordena as investigações, Thiago de Lima Machado, explica que a organização criminosa é liderada por uma mulher de 50 anos. Os dois filhos da suspeita (de 23 e 25 anos), o genro (28 anos) e um sobrinho (23 anos, foragido) também integram a gangue, que atua no tráfico de drogas em Contagem (bairros Santa Terezinha e Campo Alto) e Esmeraldas (no bairro Dumaville).
“A Polícia Civil representou pela expedição de mandados de busca e apreensão e de prisões temporárias. No dia 15 (sexta-feira) foi identificada, pela PCMG, uma transação de drogas. A gangue faria a movimentação da carga de pedras de crack de um ponto de venda de Esmeraldas que seria levado para Contagem”, contou o delegado. Ele explicou ainda que a distribuição dos entorpecentes entre os pontos de vendas visava o fortalecimento do comércio de drogas nos locais controlados pelo grupo criminoso.
No curso da ação, um casal (um homem de 42 e uma mulher de 44 anos) foi flagrado pela polícia após, de dentro de um ônibus, arremessar a droga para um dos filhos da líder gangue, que entregou o conteúdo (28 pedras de crack) à mãe. O casal vinha de Esmeraldas para realizar a transação em Contagem. Os quatro investigados foram presos.
No mesmo dia, a Polícia ainda prendeu dois integrantes da organização criminosa, contra os quais haviam mandados de prisão expedidos pela justiça. Uma das detidas é a filha da líder da organização criminosa. Um dos mandados de prisão, contra o genro da chefe da gangue, foi cumprido dentro do presídio, visto que ele já havia sido autuado anteriormente por roubo. Dois suspeitos permanecem foragidos.
O delegado Thiago Machado lembrou ainda que o grupo é apontado como suspeito de sequestrar e tentar executar um homem, em abril de 2019, após a vítima atear fogo na casa da líder da gangue. Na ocasião, o rapaz só não foi morto por conta da chegada da PM, que conseguiu prender um dos criminosos, genro da líder do grupo. Após esse evento a organização criminosa migrou para Contagem na intenção de fugir da polícia.
Conforme o delegado, a gangue é bastante temida nas regiões onde atua, sendo que muitos possuem prontuários policiais por crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de arma, receptação, roubo e tentativa de homicídio.
Siga o canal do Destak News e receba as principais notícias no seu Whatsapp!
