"Editorial" A falsa sensação da redução criminal; saiba de que forma são divulgadas as estatísticas

O recrudescimento da criminalidade no Brasil é notório, todos os dias circulam pelas mídias notícias de fatos criminosos que aterrorizam nossa sociedade. Nosso pátria amada Brasil, tornou se palco ocupado por cidadãos infratores que agem diuturnamente de forma cada vez mais audaciosas; cometendo crimes cada vez mais desumanos e encarcerando de vez a sociedade brasileira dentro de seus lares.
 
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Há um contrassenso cada vez maior entre os números divulgados pelos órgãos do sistema de defesa social mineiro e os números verdadeiros detectados. Façamos a seguinte pergunta de forma objetiva e que a sociedade mineira merece ter conhecimento: o crime realmente está retroagindo no estado mineiro? Saindo do mundo empírico e trilhando o caminho da verdade passamos a analisar os seguintes tópicos:
Os órgãos de segurança pública do vem modificando notoriamente a codificação de vários crimes com o objetivo em baixar de maneira obscura a verdade sobre o fenômeno crime e transmitir a sociedade a falsa e ingrata sensação que está tudo sobre controle do estado e de seus agentes. Tenho observado que vários crimes de homicídios estão sendo registrados como lesão corporal; outros crimes de roubo como furto e de forma assustadora e inacreditável, crime de estupro de vulnerável está sendo codificado como outros tipos de ocorrência, ou seja, fica evidente que a população está sendo ludibriada. É inaceitável que um crime deplorável de estupro seja tratado de forma desleixada pelo estado que perante a constituição federal tem a obrigação de prover a segurança da sociedade.
A explicação mais lógica para isso é que a maioria das vítimas são pessoas humildes e sem um conhecimento jurídico que pudessem auxilia-las nesta hora de intenso sofrimento e que o estado e seus governantes ou quem o faça às vezes por questões políticas precisam deixar transparecer que se preocupam e lutam pelo bem-estar da sociedade. Será?
Outra questão é o sucateamento de nossa polícia investigativa. Falta efetivo, estrutura logística, porém sobra nos diversos rincões do estado profissionais desmotivados e uma sobrecarga desumana de trabalho aos policiais que tem como objetivo constitucional a investigação dos crimes e a propositura de ação penal junto ao ministério público contra os agentes que cometem crimes. Porém, o próprio sistema é ineficaz e está longe de alcançar alguma expressividade na resolução investigativa, prova desse fato podemos notar com os olhos de quem clama por justiça: temos inquéritos em tramitação em que já há prescrição criminal; temos poucos delegados e investigadores para uma população tão expressiva no estado; cerca de 80% dos crimes de homicídio não são desvendados. Recentemente, o governador de minas gerais concedeu entrevista explanando sua preocupação em relação à reforma da previdência tendo em vista que aproximadamente sete mil agentes da segurança já fazem jus a aposentadoria. 
Além de todo o exposto, temos outro gigantesco problema e que não deve ser mais escondido: cadê nosso poder judiciário? Cadê sua mão forte sobre aqueles que caminham pelo caminho da delinquência? Lembrando que este poder é detentor do “jus puniendi”, (direito de punir) estatal - tema que será tratado na próxima oportunidade para que a sociedade fique cada vez mais informada de seus direitos.
# comente a postagem de forma educada, isso nos ajudará a crescer e a trazer mais informações úteis a sociedade mineira.
 
Editorial de um verdadeiro amigo da sociedade que prefere manter o anonimato.

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