Polícia Civil esclarece homicídio em Santa Luzia (MG)

A reconstituição do crime, associada aos elementos levantados pela equipe de investigação da Delegacia Especializada de Homicídios em Santa Luzia, contribuiu para o esclarecimento da morte de Aline da Silva Pereira, 27 anos. O assassinato aconteceu no dia 6 de maio deste ano, no bairro Carreira Cumprida, do município da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Três pessoas foram presas temporariamente pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), no último dia 22: Elisa da Silva Anacleto, 38 anos, Wanderley Costa dos Santos, 38, e Mateus Fontes Anacleto, 20.
A vítima foi localizada três dias após o crime (9/5), em um local ermo e de acesso limitado. Havia uma espécie de mordaça na boca de Aline e algumas lesões que indicavam violência. Apesar de o laudo de necropsia ter sido inconclusivo, devido ao estado de decomposição do corpo, a causa provável da morte é por asfixia. De acordo com a Delegada Adriana das Neves Rosa, as investigações apontam que a motivação do crime esteja ligada à descoberta, por Elisa, de um relacionamento extraconjugal entre Wanderley e Aline, vizinha e amiga da investigada.
Conforme apurado, Elisa soube da traição durante o carnaval e chegou a agredir Aline. Depois disso, a vítima se mudou para Justinópolis, distrito de Ribeirão das Neves, também na RMBH, e as despesas com a nova moradia e alimentação eram pagas por Wanderley. Elisa descobriu que Wanderley e Aline continuavam em contato e teria insistido com o companheiro para uma conversa com Aline, mas sem o conhecimento da vítima, conta a Delegada.

Dinâmica

Foi apurado pela PCMG que os irmãos Elisa e Mateus se deslocaram ao local do crime em um carro vermelho. Cerca de 30 minutos após, Wanderley teria chegado com a vítima em uma motocicleta da mesma cor. Lá, teria havido um início de discussão, e Elisa agredido a vítima. Em certo momento, Aline teria tentado fugir e Wanderley a teria pego pelo pescoço com um golpe de gravata. A vítima teria desmaiado e, posteriormente, teriam a jogado do barranco, conforme versão da suspeita, detalha Adriana Rosa.
Como observa a Delegada, a reprodução simulada dos fatos, iniciada na noite da última terça-feira (30) com término na madrugada seguinte, contribuiu para o esclarecimento do crime e produção de provas robustas. Percebendo que, de fato, a investigação tinha chegado até eles, com elementos contundentes, Elisa optou por colaborar e confessou a participação dela e dos outros investigados, assinala.
O carro e a motocicleta usados no dia do assassinato, bem como telefones celulares e vestimentas dos investigados foram apreendidos para serem periciados. O trio será indiciado por homicídio triplamente qualificado motivo fútil, asfixia e emboscada. Eles estão no Sistema Prisional, à disposição da Justiça.

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