Juiz absolve Adélio Bispo, que será internado em manicômio judiciário

Adélio Bispo de Oliveira foi absolvido por decisão da 3ª Vara de Justiça Federal em Juiz de Fora (MG), nesta sexta-feira(14), do ataque a faca contra o então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral do ano passado. A decisão foi proferida pelo juiz Bruno Savino, após o processo criminal considerar o autor inimputável por transtorno mental.

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Na decisão, o magistrado decidiu também que Adélio Bispo deveria ficar internado em um manicômio judiciário por tempo indeterminado. No entanto, diante da periculosidade do acusado, ele permanecerá no presídio federal de Campo Grande, onde está preso desde o atentado.
Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio enquanto fazia campanha na cidade mineira, no dia 6 de setembro do ano passado. Em maio, após a realização de laudos periciais oficiais, o juiz concluiu que Adélio é inimputável, ou seja, de acordo com as leis penais, não pode ser responsabilizado criminalmente por seus atos. De acordo com a perícia, o acusado é portador de transtorno delirante persistente.
[caption id="attachment_41411" align="alignnone" width="1449"]Adélio Bispo está preso no Presídio Federal de Campo Grande - Foto: Arquivo / Correio do Estado Adélio Bispo está preso no Presídio Federal de Campo Grande - Foto: Arquivo / Correio do Estado[/caption]
"Todos os profissionais médicos psiquiatras que atuaram no feito, tanto os peritos oficiais como os assistentes técnicos das partes, foram uníssonos em concluir ser o réu portador de transtorno delirante persistente. Quanto à avaliação sobre a capacidade de entendimento do caráter ilícito do fato e a capacidade de determinação do acusado, suas conclusões oscilaram entre a inimputabilidade e a semi-imputabilidade", diz a decisão.
Conforme denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) e aceita pela Justiça, o autor do atentado colocou em risco o regime democrático ao tentar interferir no resultado das eleições por meio do assassinato de um dos concorrentes na disputa presidencial.
De acordo com o procurador autor da denúncia, Adélio Bispo planejou o ataque com antecedência de modo a excluir Bolsonaro da disputa. A defesa do acusado afirma que ele agiu sozinho e que o ataque foi apenas “fruto de uma mente atormentada e possivelmente desequilibrada” por conta de um problema mental.

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