Segurança amplia rede de monitoramento de explosões de caixas eletrônicos na RMBH

Para unir esforços, ampliar o compartilhamento de informações e fortalecer a prevenção e a repressão de ataques contra instituições financeiras em Minas, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) está levando o Workshop Operacional sobre Explosões de Caixas Eletrônicos para as 19 Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps) do Estado.
 

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Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e no Colar Metropolitano – que engloba as cidades do entorno da RMBH –, a equipe apresentou, ao longo da última semana, o protocolo integrado para as forças de segurança que atendem os 58 municípios que integram as Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps) de Sete Lagoas, Vespasiano e Contagem.
As reuniões buscam a criação de redes locais de monitoramento, sob a coordenação da Sesp, formadas por representantes de 13 instituições de segurança estaduais e federais, com atuação nas respectivas regiões. Esses atores terão a missão de ampliar o compartilhamento de informações sobre o crime entre as instituições e formular ações coordenadas com todo o Estado. Até o momento, no interior, o encontro foi promovido em Ipatinga, Divinópolis, Patos de Minas, Uberlândia, Uberaba, Poços de Caldas, Pouso Alegre e Lavras.
Os três encontros da RMBH reuniram cerca de 150 pessoas, incluindo policiais civis, militares, rodoviários federais, bombeiros, guarda municipal, gerentes de instituições bancárias da região, além de representantes do Sistema Prisional e Ministério Público. Os participantes conheceram mais sobre o protocolo integrado de atuação em caso de explosões, assistiram palestras sobre a metodologia do Subgrupo de Trabalho Operacional sobre Explosões de Caixas Eletrônicos, conheceram os mecanismos de segurança adotados por instituições bancárias e compartilharam informações sobre a atuação específica de cada corporação no combate aos ataques.
Em cada cidade que recebe o workshop são criados grupos de profissionais que ficarão responsáveis por realizar um trabalho específico e voltado para o acompanhamento, prevenção e apuração de explosões de caixas eletrônicos. A intenção é que com esses grupos haja um estreitamento do diálogo entre as polícias e as instituições bancárias em todas as regiões mineiras.
Fotos: Dayana Silva/Divulgação Sesp
Para o subsecretário de Integração de Segurança Pública, Cel. Etevaldo Caçadini, a atuação integrada reflete em resultados positivos para a sociedade. “Reforçar os trabalhos de inteligência, favorecendo o fluxo de informações, é primordial para que haja um combate mais eficiente e eficaz, trazendo mais segurança à população”, destacou.
O presidente da Comissão de Segurança da Associação de Bancos do Estado de Minas Gerais (ABEMG), Marco Campos, disse que a instituição abraça a ideia e está disponível para subsidiar todas as informações necessárias para a atuação policial. “Além do trabalho das forças policiais, o sistema financeiro também tem investido em tecnologia para desestimular e dificultar a prática criminal, como a destruição de notas durante o ataque”, detalhou.
Ataques em queda na RMBH
Seguindo a tendência estadual, as três Regiões Integradas de Segurança Pública da RMBH que receberam o encontro também apresentam queda nos índices de ataques às instituições financeiras, com uso de explosivos. Na 19ª Risp, de Sete Lagoas, composta por 16 municípios, foram dois ataques em 2017 e nenhum em 2018. A 2ª Risp, de Contagem, composta por outros 18 municípios, apresentou 10 ataques às instituições financeiras em 2017, e nenhum registro em 2018. Já a 3ª Risp, de Vespasiano, com 24 municípios, teve seis ataques em 2017 e um em 2018. Todas as regiões não apresentam registros em 2019.
“Graças aos trabalhos desenvolvidos pelas polícias, em parceria com os bancos, 2018 apresentou o menor índice de ataques, no Estado, nos últimos anos. O Estado de Minas tem sido pioneiro nesta metodologia de combate integrado”, destacou Clodoaldo Araújo, coordenador de segurança do banco Itaú.
O subsecretário de Integração de Segurança Pública, Cel. Caçadini, destacou que para atuar com inteligência é preciso unir forças, antecipando os fatos. O subsecretário explicou que será elaborado, também, um cronograma de capacitações integradas. “Estamos trabalhando para aumentar a sensação de segurança da sociedade, coibindo estes crimes. Já tivemos muitas conquistas, os índices do Estado estão em queda, mas queremos reduzir cada vez mais”, afirmou.
Fotos: Dayana Silva/Divulgação Sesp
Sete Lagoas
Sete Lagoas foi a sétima cidade mineira a receber o workshop neste ano. A 19ª Risp de Sete Lagoas também apresenta queda no índice de criminalidade. A região apresentou 642 registros de crimes violentos no primeiro trimestre de 2018, contra 462 neste ano, uma redução de 28%. “Apesar da criminalidade em queda, estamos sempre atentos. Esses resultados só são alcançados devido ao trabalho integrado das forças de segurança da região”, observou a coronel Kerley Almeida, comandante da 19ª Região de Polícia Militar de Minas Gerais.
Para o delegado Juarez Ferreira, chefe do 19º Departamento de Polícia Civil, a metodologia do protocolo integrado auxiliará todas as instituições envolvidas, mas o apoio da população também é fundamental. “Espero que o cidadão também atue como um parceiro, denunciando esses criminosos. O Disque Denúncia (181) é um grande aliado do trabalho policial. Através dele, o cidadão pode fazer uma denuncia, com a garantia de anonimato”, afirmou o delegado.
Fotos: Dayana Silva/Divulgação Sesp
Vespasiano
Vespasiano foi a segunda cidade da RMBH a receber o encontro. A 3ª Risp também apresenta queda no índice de crimes violentos, indo de 1.153 no primeiro trimestre de 2018 para 875 em 2019 (-24%). O delegado Christian Nunes de Andrade, que responde provisoriamente pelo 3º Departamento de Polícia Civil, afirmou que “o crime vai modificando com o decorrer do tempo, e as forças de segurança precisam se unir para se anteciparem a essas mudanças”.
Contagem
Após Vespasiano, foi a vez de Contagem receber o encontro. A 2ª Risp teve queda de 25% nos registros de crimes violentos: foram 5.586 no primeiro trimestre de 2018, contra 4.165 em 2018. O chefe do 2º Departamento de Polícia Civil de Contagem, delegado Rodrigo Bustamante, compartilhou com o grupo as principais ações do trabalho investigativo nestes casos, observando a importância da proteção da cena do crime para o trabalho pericial. “A preservação desses locais auxilia no levantamento de provas, assim como o levantamento das imagens do entorno, auxiliando no desmantelamento dessas quadrilhas”, detalhou.
Fotos: Dayana Silva/Divulgação Sesp

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