A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), durante operação realizada na manhã desta sexta-feira (22), cumpriu mandado de prisão preventiva em desfavor de Edson Vieira Maciel, de 47 anos. Segundo as investigações, ele é suspeito de ser o mandante do homicídio da esposa, a gerente comercial de uma conhecida rede de farmácias Rosemary dos Santos Vieira, de 46. Edson foi preso em casa, no bairro Bandeirantes, na capital, mesmo local onde a vítima foi morta, na noite do dia 18 de abril de 2017.
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A motivação para o crime seria financeira. Testemunhas relatam que Rosemary já havia declarado a intenção de separar-se do marido, que dependia financeiramente dela. Visando tomar posse dos bens do casal, assim como das apólices de seguro da esposa, Edson planejou o crime. O Delegado que coordenou as investigações Rodrigo Rodrigues, conta que o casal dispunha de vasto patrimônio, entre carros, uma casa de alto padrão de luxo, além de outros de imóveis na capital.
Segundo Rodrigues, por meio de um processo investigativo extenso, com provas objetivas robustas, foi possível confirmar o vínculo entre mandante e executor, assim como comprovar a sequência delitiva.
Dinâmica do crime
Rosemary foi morta com quatro tiros no rosto quando se preparava para entrar com o carro na garagem de casa. A vítima era aluna de pós-graduação na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e voltava da aula no momento em que foi abordada por um homem em uma moto. Levantamentos apontam que o suspeito de executar o crime, Márcio Gomes dos Santos, de 42 anos, estacionou próximo a casa do casal para aguardar a chegada de Rosemary.
No curso das investigações, o suspeito afirmou que a mulher foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), no entanto, ficou demonstrado que a intenção era forjar o crime para desviar a atenção dos policiais. Além das contradições de Edson no curso da investigação, outro ponto causou estranhamento aos policiais. Trinta dias após a morte da esposa, o suspeito já estava morando com outra mulher, com quem mantinha um relacionamento extra conjugal há 10 anos. Os dois estavam dividindo a mesma casa que a vítima viveu com o suspeito.
Edson tem histórico policial por estelionato, inclusive com condenação judicial pelo crime. Já Márcio, que está foragido, tem passagens por tráfico de drogas, assim como é investigado por outros homicídios. Em razão da morte de Rosemary, os suspeitos foram indiciados por homicídio qualificado pelos motivos torpe e por emboscada.
Participaram das investigações o Delegado Rodrigo Rodrigues, Subinspetor Caetano Neto, Escrivão Alexandre Demétrio e Dilce Campos e Investigadores Luiz Moreira e Nathália Xavier.
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