Homem de 60 anos é preso por suspeita de importunação sexual dentro do Move em BH

Um homem de 60 anos foi preso por suspeita de importunação sexual dentro de um ônibus do Move na manhã desta quarta-feira (23). Conforme relatos de testemunhas, o suspeito teria tirado o órgão sexual para fora da calça e esfregado no corpo da vítima, uma mulher de 33 anos.
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Quando o coletivo, que vinha da estação Pampulha, estava próximo ao Centro de Belo Horizonte, o motorista observou uma confusão na parte traseira do veículo e acionou o botão do pânico. A partir dos dados do GPS do veículo, a Guarda Municipal interceptou o ônibus na rua Rio de Janeiro e prendeu o suspeito.
À reportagem a vítima contou que o coletivo estava bastante cheio e que ela e o suspeito estavam de pé. "Senti algo nas costas, mas achei que era só a bolsa dele e que tinha me encostado porque estava muito apertado. Tentei o afastar umas duas vezes, até que um rapaz gritou para o repreender e outra moça me avisou o que estava acontecendo", lembra Lucimaria Alves.
"Fiquei sem graça, muito constrangida, e sem reação. A gente vê acontecendo e nunca imagina que vai ser com a gente. Só conseguia pensar: 'isso está acontecendo comigo?'. É horrível", diz. A servidora pública conta que sequer sabia que o ônibus contava com um "botão do pânico" e que, se dependesse somente dela, não teria ido à delegacia. A presença da Guarda Municipal e o apoio da testemunha, foi o que a estimulou a fazer o boletim de ocorrência.
Lucimaria e a mulher que a acompanhou para depoimento contam que quando perceberam o ocorrido, alguns passageiros quiseram bater no homem. Outros o seguraram para que ele não saltasse do veículo. E outros poucos o defenderam, alegando que a vítima estava de vestido curto. "Isso não justifica", rebate Lucimaria.
Inicialmente, ainda dentro do ônibus, o homem negou o fato e chegou a rir e chamar a testemunha de louca. Depois, na delegacia, ele admitiu o crime. "Foi empolgação do momento", justificou. O idoso de 60 anos disse ao Hoje em Dia que mora em Justinópolis, é casado e tem dois filhos.
Conforme a Guarda Municipal, nada constava na ficha do suspeito. No entanto, aos policiais e guardas ele chegou a admitir já ter feito isso outras vezes.
O acusado, a vítima e a testemunha estão na Delegacia de Mulheres, no Barro Preto, onde aguardam para serem ouvidos pela delegada.
Este é o terceiro caso atendido pela Guarda Municipal a partir do acionamento do "botão do pânico", que começou a funcionar em outubro do ano passado.

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