Jair Bolsonaro é entrevistado por Datena no quarto do hospital Albert Einstein

O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, concedeu entrevista a José Luiz Datena, da TV Bandeirantes (Band), nesta sexta-feira (28). Ele recebeu a equipe no quarto do hospital paulista Albert Einstein, onde está internado desde o dia 8, recuperando-se de duas cirurgias às quais foi submetido após sofrer um atentado. O presidenciável disse que, mesmo estando afastado das ruas, não aceita um resultado diferente do que vencer as Eleições 2018. A matéria continua após a publicidade Segundo o deputado federal, só há uma chance de ele perder as eleições e o PT voltar ao Palácio do Planalto: “só [se for] na fraude”. Ele também sobre política, preconceito, segurança, polêmica com a ex-mulher e deu sua versão ao ataque sofrido em Juiz de Fora (MG), quando cumpria agenda de campanha. “Eles [os responsáveis pelo ataque] não conseguiram o seu objetivo. Eu não quero acusar ninguém. Se estão fazendo isso comigo, é sinal que eu sou diferente deles”, afirmou Bolsonaro. Durante todo o tempo que permaneceu internado, contou o presidenciável, Bolsonaro pensava em se recuperar e voltar a participar ativamente da campanha eleitoral. “Segundo os médicos que me atenderam, eu estou vivo por milagre. Foi uma facada de profissional. Ele cravou e rodou [a faca]. Mas eu estava querendo levantar da cama e quero disputar as eleições. Estou com mais gás do que quando aconteceu o episódio”, garantiu. Desde que sofreu o ataque, o candidato do PSL concedeu entrevista apenas duas vezes – ao jornal Folha de S.Paulo e ao comentarista Augusto Nunes, da Joven Pan. À Folha, ele falou por breves quatro minutos ao telefone de seu quarto no hospital. Já Nunes, foi ao encontro do deputado federal. A entrevista desta sexta foi a terceira dada por Bolsonaro após o ocorrido. Segundo o último boletim médico, Bolsonaro tem previsão de alta para este final de semana, o último antes do 1º turno da eleição 2018. Veja outras declarações do candidato a Datena:  – Sobre a internação: “Quando fui submetido a uma nova cirurgia, o mundo desabou em cima de mim. Eu estava começando a querer levantar da cama. Eu sempre pensei né, vou ter que sair dessa e quero disputar as eleições. Tô andando com firmeza, conversando melhor até. Segundo os médicos que me atenderam, eu estou vivo por milagre. Foi uma facada de profissional. Ele cravou e rodou [a faca]. Mas eu estava querendo levantar da cama e quero disputar as eleições. Estou com mais gás do que quando aconteceu o episódio.” – Sobre retomar agenda de campanha: “Se eu levar um esbarrão, pode regredir muita coisa. Pretendo participar [da campanha], não da forma como tava tão exposto ao público. Um pouco afastado, com mais segurança. Estou em condições de participar de debates, sim.” – Segundo turno:  “Da minha parte não há violência nenhuma. O povo está conosco. Isso não acontece do outro lado. A grande surpresa positiva virá de dentro do Nordeste. Não haverá segundo turno e nós vamos surpreender com a porcentagem de votos no Nordeste.” – Vice, general Mourão: “Ele tem suas posições, expõe, mas as as consequências não são medidas. Eu falei claramente que o 13º [salário] está previsto na Constituição. [A declaração do vice, pelo fim do 13º] Demostra desconhecer a Constituição e agride o trabalhador. Eu falei pra ele ficar quieto. Ele não defendeu [o fim do benefício], só falou que era uma ‘jabuticaba’, mas deu a entender [que queria o fim]. Eu já tinha advertido: até as eleições, o senhor não fala mais nada.” – Sexismo “Isso [declarações contra as mulheres] são meias verdades. A questão de mulheres, por exemplo. Eles colocam a imagem da Maria do Rosário que estava defendendo um estuprador e homicida. Ela falou, vou te dar na cara, e no momento eu falei ‘se você me der, vou ser obrigado a te dar outro [tapa]’. Um rótulo que colocaram em mim. Inventam essas questões e botam pra fora. Mentira. Meu tratamento com as mulheres é o melhor possível. Querem manipular, como se as mulheres fossem manipuláveis. Isso não existe. A mulher é importante. Conseguiu sua autonomia. Quando fala em salário, tá previsto na CLT que mulheres e homens tem que ter salário parecido.” – Denúncias da ex “Eu não tenho problema com mulheres. A minha primeira ex-mulher me trata muito bem. A segunda ‘que teve um probleminha’, tá tudo bem. Ela mesma desmente muita coisa. Cotoveladas acontecem de ambas as partes. Ela diz [as coisas] com sangue quente, fala coisas que não existe”. – Paulo Guedes, guru econômico “Eu não posso mais participar de debates porque pegam parte do que eu falo e distorcem.” – Golpe militar Zero chances [de acontecer um].” – Possibilidade de perder eleições “[O ex-ministro] Zé Dirceu acabou de declarar que eles vão ganhar as eleições e vão assumir o poder. O recado tá dado. O PT ganhar eleições, só [se for] na fraude. Não existe outra maneira. O plano B do Lula é a fraude eleitoral. O que nós confiamos aqui no Brasil? Nada. Tô desconfiando de alguns profissionais dentro do TSE.” “Quando PT, Haddad e até o Lula ia pras ruas, eles eram vaiados. Os votos de Lula não vão para o Haddad. Eu transfiro para meus filhos 20% dos meus votos, e olha que sou bem relacionado. É um absurdo o que ta acontecendo, uma idolatria pelo Lula. O Haddad é um poste do Lula. O PT é caminho para a venezualização. O grande problema do PT é a sede do poder. Dilma Rousseff tomava decisões usando a inteligência cubana.” – Segurança pública “Hoje o policial, se não atira, vai pro cemitério. Se atira, vai pra cadeia. O bandido sabe disso, então assalta com uma tranquilidade tremenda. Eu quero dar posse de arma para o cidadão de bem. Não tem outro caminho. O Brasil tá caminhando para o caos.”

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