Sócios de construtora RBH são ouvidos em Divinópolis

Os sócios responsáveis pela RBH Construtora LTDA, investigada pelo abandono de três empreendimentos em Divinópolis, estão sendo ouvidos na cidade pela primeira vez na manhã dessa sexta-feira (28).

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De acordo com as primeiras informações da Polícia Civil, Péricles Hazana Marques Júnior, a esposa e sócia Sandra Mara de Oliveira Barros, e o filho Rafael Marques, que seria o responsável administrativo da construtora, chegaram a Divinópolis nesta sexta. Os três foram presos na sexta-feira (21) em Itajaí, Santa Catarina.

Na segunda (24), a sobrinha de Sandra, Gabriela Barros Brandão, de 27 anos, apontada como 'laranja' no esquema foi presa em Belo Horizonte. Além disso, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão no escritório da empresa na capital mineira e na casa da mãe da jovem. Nada foi encontrado na ocasião.

A apresentação deles será na manhã desta sexta.

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Entenda o caso

Os donos da construtora eram procurados após cerca de 35 pessoas denunciarem a empresa, apontando que os proprietários encerraram as atividades dela sem entregar imóveis aos clientes. No início das investigações, a Polícia Civil de Divinópolis estimava um prejuízo dos clientes de R$ 50 milhões, um dos maiores casos registrados nos últimos dez anos na cidade.

Em entrevista ao G1, o delegado regional da Polícia Civil, Leonardo Moreira Pio, afirmou que os sócios da construtora simularam uma separação recentemente para que Sandra pudesse ficar com todo o patrimônio do casal. Além disso, ela teria simulado um pedido para que a sociedade entre os dois fosse desfeita.

“Desde a instauração do inquérito policial, a Polícia Civil está investida no caso para identificar vítimas e apurar o envolvimento de cada investigado. A partir de então, percebendo a magnitude da fraude realizada por eles, pedimos a prisão preventiva dos mesmos. E, através do nosso serviço de inteligência, conseguimos localizá-los em Santa Catarina e efetuar a prisão com apoio da Polícia Federal do Estado”, explicou.

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Se comprovado os fatos, os presos poderão responder pelos crimes de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime falimentar, previsto na Lei de Falências. Na cidade, a Polícia Civil estima que existam cerca de 80 vítimas. No entanto, Leonardo Pio disse que nem todos compareceram à delegacia para denunciar.

[caption id="attachment_22723" align="alignnone" width="642"] Construtora é denunciada por estelionato em Divinópolis — Foto: Reprodução/TV Integração[/caption]

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