Distrito Federal registra 1 milhão de crimes nos últimos 4 anos, aponta Sinpol

A sensação de insegurança está presente na vida de todos os moradores do Distrito Federal, porém, a forma que a Secretaria de Segurança Pública e da Paz do DF (SSP) apresenta os dados pode não condizer, exatamente, com o clima de preocupação vivido todos os dias pela população. Isso porque, em vez de salientar números referentes a apenas um determinado tipo de crime, verificando crescimento ou queda de registros em um período específico, a pasta costuma agrupar, frequentemente, diferentes modalidades de delitos em um mesmo grupo de transgressões, sem evidenciar os destaques negativos. A matéria continua após a publicidade Devido a essa constatação, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) apurou os resultados, utilizando dados oficiais do próprio órgão do governo, e padronizou as classificações das ocorrências desde 2007. Com os dados uniformizados, novo balanço foi divulgado. De acordo com a entidade, a recente sondagem reflete o atual sentimento de aflição dos brasilienses. Conforme verificado pelo sindicado, durante os quase quatro anos de governo Rollemberg, um a cada três cidadãos foi vítima de algum tipo de crime. De acordo com a classificação padronizada levantada pelos policiais, o número de roubos a pedestres cresceu 61,14% nesse período, enquanto a quantidade de roubo a coletivos teve aumento de 55,52%. Já os crimes contra o patrimônio (furto e roubo) sofreram subiu 41,14%. Até o fim do mandato do titular do GDF, estima-se que um milhão de crimes sejam cometidos contra moradores do Distrito Federal.
Arte/Sinpol-DF
Arte/Sinpol-DF
Apesar dos dados alarmantes, o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, afirma que o governo tem usado um discurso de que está tudo bem na segurança pública. “Com esses números e a padronização das classificações, desmontamos a manipulação de dados do GDF e conseguimos comprovar o que a população já observa na rua: a insegurança pública”, destaca.
Rebatemos as informações da Secretaria de Segurança com os dados oficiais da Polícia Civil. A marca de um milhão (de crimes cometidos) é inédita, absurda e negativa. O governo Rollemberg conseguiu isso."
Rodrigo Franco, o Gaúcho, presidente do Sinpol-DF.
Para se ter uma ideia, em apenas um fim de semana (entre 31 de agosto e 2 de setembro), 700 crimes contra o patrimônio foram registrados no DF. O Sinpol ressalta que o número seria ainda maior se as delegacias estivessem abertas, já que algumas não funcionam à noite e nos fins de semana. “Centenas de pessoas deixam de registrar ocorrências policiais, gerando subnotificações”, completa.
De acordo com o Sinpol, é dever sindical denunciar as péssimas condições de trabalho impostas pelo atual governo, com a conivência da atual direção-geral da polícia. A entidade também continuará denunciando o sucateamento da PCDF, bem como o aumento da criminalidade e da violência.
Sensação de insegurança Em pesquisa encomendada pelo Metrópoles ao Instituto FSB, 73% dos entrevistados informaram não se sentirem seguros na cidade. Já 71% acham o DF pouco ou nada seguro. O levantamento sondou 1.072 moradores do Distrito Federal entre 7 e 9 de setembro.
Arte/Metrópoles
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A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números DF-07940/2018 e BR-06613/2018. Em razão dos arredondamentos, os totais podem ficar entre 99% e 101%.

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