Deputado Protocola Notícia-Crime Contra Lula por Suposta Injúria Racial em Sorocaba (SP); assista ao vídeo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tornou-se alvo de uma notícia-crime protocolada na Procuradoria-Geral da República (PGR). O deputado estadual Leandro de Jesus (PL-BA) acusa o chefe do Executivo de ter cometido suposta injúria racial e racismo durante um evento oficial em Sorocaba (SP), realizado na última quinta-feira (21). A petição pede a abertura de um inquérito criminal para investigar as declarações do presidente.


 

O Contexto das Declarações

 

A polêmica surgiu a partir de uma fala de Lula durante a cerimônia de lançamento do programa Agro Mais Integrado. Na ocasião, o presidente narrou uma conversa que teve com um ex-ministro de um governo anterior, criticando uma publicação institucional que, em sua visão, retratava o Brasil de forma pejorativa.

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Lula descreveu uma das imagens, que mostrava "um senhor negro, alto, sorrindo, sem nenhum dente na boca", e questionou o auxiliar: "Você acha isso bonito? Isso é fotografia para você colocar representando o Brasil no exterior? Um cara sem dente e ainda negro?". A fala, embora direcionada a uma crítica sobre a imagem do país, foi rapidamente interpretada por opositores como ofensiva e carregada de preconceito.


 

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A Acusação do Deputado

 

Para o deputado Leandro de Jesus, a declaração de Lula vai além de uma crítica política e possui um "nítido conteúdo discriminatório". Na petição enviada ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, o parlamentar argumenta que a fala reforça estereótipos negativos, ligando a imagem da pessoa negra à pobreza e à falta de dignidade.

O documento aponta que, por ter sido feita em um evento oficial e no exercício do cargo de presidente, a manifestação de Lula ganha uma gravidade ainda maior. "A manifestação possui potencial de naturalizar práticas de racismo institucional", escreveu o deputado na petição. Ele sustenta que as declarações ofenderam a comunidade negra e podem configurar crimes de injúria racial e racismo, que são inafiançáveis e imprescritíveis, conforme a Constituição Federal.

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A petição faz referência ao Código Penal e à Lei nº 7.716/1989, que tipificam os crimes de racismo. Leandro de Jesus pede que a PGR abra um procedimento investigatório e encaminhe o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que o presidente da República possui foro privilegiado.


 

Desdobramentos e Repercussões

 

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Até o momento, a PGR não se pronunciou oficialmente sobre a petição. O caso deverá ser analisado pela Procuradoria, que decidirá se há elementos suficientes para instaurar um inquérito. A polêmica já gerou grande debate nas redes sociais, com apoiadores do presidente defendendo a interpretação de que a fala foi tirada de contexto e opositores usando-a para criticar o que classificam como um "racismo velado". A repercussão do caso segue em andamento, e os próximos passos dependerão da decisão da PGR.

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