Enterrado cavalo que teve patas decepadas em Bananal (SP); perícia vai determinar se animal estava vivo durante a mutilação

Foi enterrado na última quarta-feira (20) o cavalo que foi brutalmente mutilado na zona rural de Bananal, no interior de São Paulo. A cena, registrada em vídeo, gerou uma onda de indignação nacional após viralizar nas redes sociais. A Polícia Civil, com a ajuda de um trator, enterrou o animal em uma vala após a coleta de material para a perícia. O principal objetivo da investigação é determinar se o cavalo estava vivo ou morto no momento em que teve as patas decepadas. O laudo pericial ainda não foi divulgado.

O autor do crime é Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos. No último sábado (16), Andrey e um amigo saíram para uma cavalgada que percorreu cerca de 15 quilômetros. O trajeto, em sua maioria, era de subidas íngremes na região conhecida como Serra do Guaraná Quente. Por volta das 17h, o cavalo de Andrey, exausto, deitou no chão e, segundo o amigo, Dalton, aparentava dificuldades para respirar.


 

O crime e a repercussão

 

Continua após a publicidade

De acordo com o depoimento de Dalton à polícia, Andrey acreditou que o animal havia morrido. Foi então que ele proferiu uma frase chocante: “Se você tem coração, melhor não olhar”. Em seguida, com um facão, decepou as patas do cavalo. A brutalidade do ato não parou por aí; o jovem desferiu outros golpes contra o animal, enquanto Dalton filmava toda a cena. O vídeo, postado nas redes sociais, rapidamente viralizou, gerando revolta e condenação massiva.

A Polícia Militar Ambiental e a Polícia Civil foram acionadas. Veterinários foram chamados ao local para examinar o animal e coletar o material necessário para a perícia. A lei brasileira de crimes ambientais (Lei n° 9.605/98) prevê pena de até um ano de prisão por maus-tratos a animais. Se a morte do animal for comprovada como resultado da ação, a pena pode ser aumentada em um terço, chegando a no máximo um ano e quatro meses de prisão.


 

Continua após a publicidade

O arrependimento do agressor

 

Em uma entrevista à TV Vanguarda na última terça-feira (19), Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz expressou arrependimento e atribuiu o ato ao seu estado de embriaguez. "Não foi uma decisão, foi um ato de transtorno", afirmou ele. "Em um momento embriagado, transtornado, eu peguei e cortei por cortar. Foi um ato cruel. Estava com álcool no corpo. Não é culpa da bebida. É culpa minha. Eu reconheço os meus erros", disse.

Andrey ainda defendeu-se das acusações de que teria decepado as patas do cavalo enquanto ele estava em pé, afirmando que "muitas pessoas estão me julgando e falando que eu sou um monstro". Ele reforçou sua ligação com o campo: "Eu sou nascido e criado no ramo de cavalo, mexo com boi, tenho o apelido de boiadeiro". Ao final da entrevista, ele concluiu: "Estou totalmente arrependido. Me sinto arrependido dessa crueldade que eu fiz".

Continua após a publicidade
Siga o canal do Destak News e receba as principais notícias no seu Whatsapp!