Projeto de lei do Vereador Antônio Henrique, que Visava Transparência nas Filas do SUS em Itapecerica (MG),é Rejeitado pela Câmara

Um projeto de lei de autoria do vereador Antônio Henrique Rodrigues Menezes, (Solidariedade), que propunha a divulgação obrigatória das filas de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) em Itapecerica (MG), foi rejeitado pela Câmara Municipal. A decisão gerou debates e questionamentos sobre a transparência na gestão da saúde pública local.

Entenda o Projeto de Lei

 

O projeto visava garantir que a população tivesse acesso facilitado à informação sobre a ordem de espera para procedimentos no SUS municipal. A proposta detalhava a obrigatoriedade de o Poder Executivo Municipal divulgar a ordem de espera dos pacientes que aguardam a realização de consultas, exames, cirurgias, terapias e outros procedimentos oferecidos pelas unidades do SUS em Itapecerica.

Principais pontos do projeto:

  • Publicidade da Ordem de Espera: O projeto determinava que a ordem de espera deveria seguir a anterioridade de inscrição, com a possibilidade de alteração na posição da fila em razão da classificação de risco definida por autoridade médica, conforme os protocolos de regulação.
  • Sigilo de Dados: Para proteger a privacidade dos pacientes, a divulgação seria feita utilizando o número do Cartão Nacional de Saúde (CNS), sem expor dados pessoais como nome, endereço, RG e CPF.
  • Canais de Divulgação: A proposta previa a criação de um site oficial para a divulgação das filas, além da possibilidade de consulta presencial nas unidades de saúde e outros meios que viabilizassem o acesso à informação.
  • Informações Detalhadas: As informações divulgadas deveriam incluir o número de protocolo, a data e horário do encaminhamento da solicitação, o número do Cartão Nacional de Saúde do solicitante, a especialidade da solicitação, e a data e horário agendados para o atendimento.
  • Acesso para Órgãos de Controle: O projeto também previa um acesso especial às filas para órgãos de controle como o Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública, facilitando a fiscalização e a deliberação sobre demandas judiciais.
  • Responsabilidades das Unidades de Saúde: As unidades da rede pública de saúde municipal seriam responsáveis pela inscrição e atualização semanal do registro dos pacientes na fila de atendimento.
  • Relatórios de Gestão: O Poder Executivo Municipal seria obrigado a publicar relatórios de gestão mensalmente, tornando públicos os dados sobre o andamento das filas.
  • Sanções por Descumprimento: O descumprimento das obrigações previstas na lei, especialmente quanto à divulgação periódica da ordem de espera e à alimentação dos sistemas de regulação, poderia acarretar responsabilização funcional dos gestores e responsáveis pelas unidades de saúde, além de apuração por ato de improbidade administrativa.

Justificativa da Rejeição

Apesar da relevância da proposta, a Câmara Municipal rejeitou o projeto sob a alegação de que "já haveria expediente semelhante em vigor". No entanto, esse expediente, caso exista, não é divulgado para a população, tornando a medida ineficaz em termos de transparência e controle social.

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Repercussão

A rejeição do projeto gerou críticas de parte da população que defendem o acesso à informação e o controle social na gestão da saúde pública. A falta de transparência nas filas do SUS é um problema recorrente em muitos municípios, e a divulgação dessas informações é vista como uma ferramenta importante para garantir o acesso igualitário e eficiente aos serviços de saúde.

O que diz o vereador

O vereador Antônio Henrique Rodrigues Menezes lamentou a decisão da Câmara e afirmou que continuará buscando alternativas para garantir a transparência e a eficiência na gestão da saúde pública em Itapecerica. "Acreditamos que a divulgação das filas do SUS é um direito da população e uma ferramenta importante para o controle social e a melhoria dos serviços de saúde", disse o vereador.

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