O Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, lançou uma ameaça direta aos Estados Unidos em pronunciamento televisionado nesta quarta-feira (18), alertando que qualquer intervenção militar americana no conflito entre Irã e Israel resultará em "dano irreparável" à superpotência. A declaração é resposta às exigências do ex-presidente Donald Trump, que na terça-feira (17) publicou em redes sociais: "Rendição Incondicional", referindo-se ao governo iraniano.
"A entrada dos EUA nesta guerra é 100% em seu próprio prejuízo. O dano que sofrerão será definitivamente irreparável se intervirem militarmente"
Escalada Retórica
Trump intensificou a tensão ao chamar Khamenei de "alvo fácil", embora tenha afirmado que "por enquanto" não ordenaria sua eliminação. Em tom de ultimato, declarou: "Não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando". Analistas interpretam o gesto como apoio explícito à ofensiva israelense iniciada em 13 de junho contra alvos iranianos.
Rejeição Iraniana e Suspeitas
Khamenei rebateu com desdém: "Não é sensato pedir que a nação iraniana se renda", acrescentando que as perdas americanas seriam "maiores que qualquer dano imposto por Washington". O líder ainda vinculou os EUA ao ataque israelense: "As suspeitas de que estão por trás dos ataques confirmam-se diariamente", ressaltando que o Irã "não capitulará diante da coerção".
Contexto Explosivo
- Cronologia: Ataque israelense (13/jun) → Declarações de Trump (17/jun) → Ameaça de Khamenei (18/jun)
- Negociações em Risco: Conflito eclodiu durante tratativas EUA-Irã sobre programa nuclear
- Alvo Regional: Israel alega atacar bases iranianas no Líbano e Síria
Impacto Geopolítico
As declarações acendem alerta sobre possível entrada direta dos EUA no conflito, o que transformaria o embate regional em confronto global. Khamenei enfatizou que o povo iraniano "não se assusta com ameaças" e rejeita qualquer "paz imposta". Observadores internacionais temem que a crise interrompa definitivamente as negociações nucleares e desestabilize o Oriente Médio.
Enquanto tropas americanas no Golfo Pérsico elevam estado de prontidão, o Conselho de Segurança da ONU convocou reunião de emergência para conter a escalada bélica.