O dólar encerrou esta quarta-feira (22) com uma expressiva queda de 1,40%, cotado a R$ 5,94. Este é o primeiro fechamento abaixo da marca de R$ 6 desde dezembro, representando um alívio para a economia brasileira. A movimentação positiva no mercado cambial é atribuída, principalmente, às expectativas em relação às políticas tarifárias do recém-empossado presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao anúncio de corte de gastos pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Impacto das políticas de Trump
Desde que Trump assumiu a presidência na última segunda-feira (20), o dólar tem demonstrado uma tendência de queda acentuada em relação ao real. No mercado à vista, a moeda americana chegou a registrar uma mínima de R$ 5,9880. A incerteza que rondava o mercado antes da posse parece estar se dissipando, com os investidores reagindo positivamente às primeiras medidas anunciadas.
Uma das medidas que contribuiu para a queda do dólar foi o anúncio da imposição de uma tarifa de 10% sobre produtos provenientes da China. Trump justificou a medida como retaliação ao envio de fentanil, uma substância opioide letal, que estaria sendo enviada da China para os Estados Unidos através do México e Canadá. Vale lembrar que, durante sua campanha, Trump chegou a mencionar a possibilidade de impor taxas de até 60% sobre importações, o que gerou grande tensão no cenário internacional. A tarifa de 10%, embora ainda significativa, foi recebida com certo alívio pelo mercado, que já precificava um cenário mais pessimista.
Cenário interno e corte de gastos
No cenário interno, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a projeção de uma economia de R$ 29,4 bilhões no orçamento de 2025, graças a um pacote de cortes de gastos atualmente em tramitação. Haddad detalhou que o pacote inclui [inserir aqui exemplos de medidas de corte de gastos, como revisão de contratos, otimização de processos, etc.]. Essa perspectiva de austeridade fiscal contribui para a estabilidade do real, transmitindo confiança aos investidores e influenciando positivamente o mercado cambial. A expectativa é que essa tendência se mantenha nos próximos dias, com o real se fortalecendo frente à moeda americana.
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Perspectivas para os próximos dias
Analistas de mercado apontam que a combinação de fatores externos e internos, como as políticas tarifárias de Trump e o corte de gastos no Brasil, cria um ambiente favorável para a valorização do real. No entanto, alertam para a volatilidade do mercado cambial e recomendam cautela aos investidores. Acompanhar de perto os desdobramentos das políticas de Trump e o andamento do pacote de cortes de gastos no Brasil será crucial para entender a trajetória do dólar nos próximos dias.
