Operação Integridade investiga vereadora eleita por corrupção eleitoral em Passos (MG)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Passos e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), deflagrou na manhã de quinta-feira (9) a Operação Integridade. A ação visa investigar e combater crimes de associação criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral e propaganda eleitoral irregular no dia da eleição, em Passos e Ribeirão Preto (SP).

As investigações apontam que, durante o período eleitoral de 2024, uma vereadora recém-eleita em Passos teria se associado a outras sete pessoas para cometer diversos crimes eleitorais. O grupo é suspeito de aliciar eleitores oferecendo dinheiro em troca de votos, realizar propaganda de boca de urna – proibida pela legislação eleitoral – e afixar material de campanha irregular em veículos e residências de eleitores que teriam sido cooptados pelo esquema.

A operação cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Passos e um em Ribeirão Preto (SP). A suspeita é que a cidade paulista tenha sido utilizada como base para parte das operações ilícitas, possivelmente para dificultar o rastreamento das atividades criminosas. Os mandados foram expedidos pela Justiça Eleitoral após análise das provas colhidas pelo MPMG durante as investigações preliminares.

Um total de 33 agentes participaram das diligências, incluindo cinco promotores de Justiça e 28 policiais militares. O material apreendido durante a operação, como documentos, computadores e celulares, será analisado para aprofundar as investigações e identificar a extensão da rede de corrupção. O MPMG busca determinar a origem dos recursos utilizados para o aliciamento de eleitores e a possível participação de outros indivíduos no esquema criminoso.

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A vereadora eleita, cujo nome não foi divulgado pelo MPMG para não comprometer as investigações, poderá ter seu mandato cassado caso as acusações sejam comprovadas. Os demais envolvidos também responderão pelos crimes eleitorais cometidos, que podem resultar em penas de prisão e multa.

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