Um significativo aumento nos casos de virose na Baixada Santista durante o mês de dezembro de 2024, comparado a novembro do mesmo ano, tem gerado preocupação entre moradores e turistas que visitam a região. Cidades como Praia Grande e Guarujá estão entre as mais afetadas, com relatos de um grande número de pessoas apresentando sintomas da doença.
Superlotação em Unidades de Saúde e Falta de Medicamentos
O surto tem levado à superlotação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) na região, com longas filas de espera e relatos de falta de medicamentos em algumas farmácias. Diante da crescente demanda, algumas prefeituras da Baixada Santista já implementaram medidas para ampliar o horário de funcionamento das unidades de saúde, buscando atender a população afetada.
Governo Estadual e Órgãos Ambientais Monitoram a Situação
O Governo do Estado de São Paulo, em conjunto com a Secretaria de Saúde e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), está monitorando a qualidade da água na região. A Sabesp, empresa responsável pelo abastecimento de água na Baixada Santista, afirmou que a qualidade da água fornecida à população não sofreu alterações e atende aos padrões de potabilidade. No entanto, como medida de precaução, as autoridades recomendam atenção redobrada à qualidade da água antes de entrar no mar, incentivando a consulta ao site ou aplicativo da CETESB para verificar as condições de balneabilidade.
Investigações em Andamento para Identificar o Patógeno
A Secretaria de Saúde do Estado orientou os municípios da Baixada Santista a realizarem investigações epidemiológicas e a coletarem amostras de fezes de pacientes nos primeiros dias dos sintomas, visando identificar o patógeno causador da virose. A Vigilância Epidemiológica também está coletando amostras de água para análise e determinar a possível fonte de contaminação.
Recomendações para a População
Alessandra Luquezi, diretora da divisão de doenças de transmissão hídrica e alimentar da Secretaria de Estado da Saúde, explicou que o aumento de casos de doenças diarreicas é comum durante o verão, devido à maior concentração de pessoas na região, além de mudanças nos hábitos alimentares e de higiene. Luquezi reforçou a importância da higienização frequente das mãos com água e sabão, e atenção redobrada à qualidade da água e dos alimentos consumidos.
Medidas de Prevenção:
- Higienizar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente após usar o banheiro, antes das refeições e depois de contato com superfícies em locais públicos.
- Verificar a qualidade da água antes de entrar no mar, consultando o site ou aplicativo da CETESB.
- Consumir água tratada. Caso haja dúvidas sobre a potabilidade, ferver a água por três minutos ou adicionar hipoclorito de sódio seguindo as instruções da embalagem.
- Cuidar da higiene dos alimentos, lavando bem frutas, verduras e legumes antes do consumo.
- Evitar o consumo de alimentos crus ou malcozidos, especialmente frutos do mar.
- Procurar atendimento médico ao apresentar sintomas como diarreia, vômitos, febre e dores abdominais.
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e CETESB