Empresa de Laticínios em Divinópolis é Flagrada Reprocessando Queijos Vencidos

Uma denúncia anônima ao Disk Denúncia 181 levou a Polícia Militar a descobrir uma operação ilegal de reprocessamento de queijos vencidos em uma empresa de laticínios em Divinópolis (MG), na última quarta-feira (13). A empresa, localizada na rua Dez de Outubro, no bairro Ipiranga, comprava queijos e outros produtos lácteos vencidos ou estragados de supermercados mineiros, os reprocessava e os revendia à população.

Queijos mofados e sem identificação

Ao chegar ao local, a polícia encontrou evidências que corroboravam a denúncia. Uma grande quantidade de queijo ralado, alguns sem identificação e outros com etiquetas de outra empresa, estava armazenada em uma sala de refrigeração. Nos fundos do estabelecimento, a polícia descobriu uma área de reprocessamento improvisada, com ferramentas para ralar queijo e uma "banheira" contendo queijos mofados e podres imersos em uma solução salina.

Diversos sacos de queijo ralado já embalados e prontos para a venda, além de ferramentas, produtos químicos, duas banheiras usadas no processo de secagem e mistura, rótulos da empresa e balanças, também foram apreendidos.

Produtos vencidos em câmara fria

Em outro cômodo, os policiais encontraram uma câmara fria contendo caixotes com diversos produtos lácteos vencidos e com embalagens estufadas. O Serviço de Inspeção Municipal (SEMAC) de Divinópolis foi acionado e apreendeu o material contaminado, tomando as providências cabíveis em relação à Vigilância Sanitária. A perícia técnica também esteve no local para realizar os procedimentos necessários.

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Entregador e fornecedor envolvidos

Durante a operação policial, um entregador chegou ao local com duas sacolas de queijos para serem vendidos à empresa. O material foi apreendido, assim como diversas notas fiscais que estavam com o entregador. O proprietário dos queijos foi contatado e compareceu ao local.

Prisões efetuadas

Três indivíduos foram presos em flagrante: um homem de 64 anos e uma mulher de 41, responsáveis pela empresa, e um homem de 55 anos, responsável pela venda dos queijos de origem duvidosa. Eles foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil de Divinópolis e irão responder pelo crime de Falsificação e Adulteração de Produtos Alimentícios.

A investigação continua para apurar a extensão da fraude e identificar outros envolvidos na cadeia de produção e distribuição dos queijos adulterados.

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