Na tarde desta segunda-feira (16), a Polícia Militar de Arceburgo (MG) foi acionada via o número de emergência 190 por uma testemunha que relatou um incidente grave durante um atendimento do Conselho Tutelar. Segundo a testemunha, uma discussão acalorada entre os envolvidos resultou em agressões físicas. Imediatamente, uma guarnição da PM foi enviada ao local, onde encontrou as partes ainda em intenso conflito verbal, sendo necessário um longo diálogo para acalmar os ânimos e restaurar a ordem.
Conforme o relato da Polícia Militar, a situação envolveu uma mulher de 31 anos, natural de Iturama (MG), mas atualmente residente em Guaranésia (MG). Ela havia se deslocado até Arceburgo com o objetivo de buscar seus dois filhos, que moram há 14 anos com a avó, de 48 anos, também natural de Iturama, mas residente em Arceburgo. A mãe das crianças alegou que os filhos, recentemente, passaram a relatar episódios de agressões físicas por parte da avó e, por esse motivo, solicitaram que ela fosse buscá-los.
Preocupada com a segurança dos filhos, a mulher acionou o Conselho Tutelar, que prontamente acompanhou a mãe até a casa da avó para garantir um ambiente seguro. Segundo a mãe, ao chegar na residência, os conselheiros entraram para conversar com a avó, enquanto as crianças saíam para abraçá-la. Foi neste momento que a situação saiu do controle: a avó e o irmão da mãe, de 28 anos, também natural de Iturama, mas residente em Arceburgo, saíram da casa e, de acordo com o relato da vítima, começaram a agredi-la com socos, chutes e puxões de cabelo, chegando a derrubá-la no chão. Durante o ataque, os filhos assistiram a tudo, chorando e pedindo que a avó e o tio parassem com as agressões.
Por outro lado, o autor das agressões, irmão da vítima, apresentou uma versão diferente dos fatos. Ele afirmou que sua mãe saiu da casa para acompanhar os netos e foi insultada pela filha. Isso teria levado a avó a arremessar um copo em direção à mãe das crianças, iniciando assim a briga física entre ambas. O homem relatou que, ao tentar intervir para proteger a mãe, puxou a irmã pelos cabelos e a retirou de cima da mãe, aplicando alguns tapas na tentativa de controlar a situação.
As conselheiras tutelares, que acompanhavam o caso de perto, informaram à Polícia Militar que já monitoravam as crianças há algum tempo e nunca haviam constatado sinais de maus-tratos durante suas visitas. No dia do incidente, as conselheiras estavam na casa para entender melhor as acusações e conversar com a avó. Elas relataram que, em determinado momento, a avó saiu repentinamente de dentro da casa, foi em direção à filha e jogou um celular no rosto dela. Logo após, o irmão da vítima desferiu um chute na irmã, derrubando-a no chão e continuando a agressão, que só foi interrompida pela intervenção de testemunhas e transeuntes, até a chegada da Polícia Militar.
Diante da gravidade dos fatos, tanto a avó quanto o tio das crianças foram presos em flagrante. Todos os envolvidos foram encaminhados ao pronto atendimento médico local, onde receberam cuidados do médico plantonista e, posteriormente, foram liberados para serem conduzidos à delegacia de plantão em São Sebastião do Paraíso (MG) para as devidas providências legais.
Esta ocorrência ressalta a importância da intervenção de órgãos como o Conselho Tutelar e da atuação rápida das autoridades policiais, que evitou que a situação resultasse em consequências ainda mais graves.