Justiça condena morador de Itapecerica (MG) a 18 anos e 8 meses de prisão por feminicídio

O crime ocorreu na noite de 10 de novembro de 2023

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), da Comarca de Itapecerica, em um julgamento ocorrido nesta segunda-feira (22), proferiu uma sentença, condenando o réu Sidnei Nascimento Fonseca, de 41 anos, a uma pena de 18 anos e 8 meses de reclusão pelo hediondo crime de feminicídio. O caso, que chocou a cidade de Itapecerica, teve como vítima uma mulher de 39 anos, cuja identidade permanece resguardada por respeito à sua memória e à sua família.

O crime ocorreu na noite de 10 de novembro de 2023, em uma movimentada lanchonete localizada no centro de Itapecerica. Testemunhas relataram que a vítima estava no estabelecimento quando o réu, de maneira súbita e violenta, desferiu um golpe fatal em seu pescoço, utilizando uma faca como instrumento do crime. Após o ato horrendo, o agressor empreendeu fuga, deixando para trás um cenário de horror e consternação.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas infelizmente, ao chegar ao local, apenas pôde confirmar o óbito da vítima, que teve sua vida brutalmente ceifada de forma covarde e premeditada.

A resposta das autoridades não tardou a chegar. A Polícia Militar, juntamente com equipes do Tático Móvel, Patrulha Rural e viaturas de área, iniciou uma intensa operação de busca pelo criminoso durante toda a noite de domingo e madrugada de segunda-feira (11). Os esforços se estenderam até áreas de mata, onde havia suspeitas de que o autor estivesse escondido, porém, sem sucesso inicial.

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Entretanto, graças à ação rápida e eficiente das forças de segurança, na manhã seguinte, uma reviravolta surpreendente ocorreu. Um militar, que inclusive estava de folga na época, avistou o acusado e iniciou um acompanhamento estratégico pelas ruas da cidade. O apoio das demais guarnições foi imediatamente solicitado, culminando na captura do criminoso no prédio do antigo Fórum de Itapecerica, localizado na Rua Vigário Antunes.

Foto: Momento da Prisão

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No momento da prisão, o réu confessou o crime, alegando, contudo, que não tinha a intenção de matar a vítima, mas apenas de feri-la. Quanto à faca utilizada no homicídio, afirmou tê-la descartado enquanto estava sob o efeito de substâncias entorpecentes, afirmando não recordar o local exato onde a deixara.

É importante ressaltar que a vítima já havia tomado medidas para sua proteção, possuindo duas ordens de restrição contra o agressor, que, inclusive, tinha sido previamente detido por desrespeitar tais medidas. Este trágico desfecho destaca a urgência e a importância de se combater a violência contra a mulher, bem como a necessidade de uma atuação incisiva por parte das autoridades para garantir a efetiva proteção das vítimas.

Com a sentença proferida pelo Tribunal do Júri da Comarca de Itapecerica, espera-se que a justiça possa, de alguma forma, trazer algum conforto à família enlutada e servir como um precedente para casos futuros, reafirmando o compromisso da sociedade e das instituições em combater veementemente o feminicídio e todas as formas de violência de gênero.

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