Ibama pode ter greve em larga escala por falta de servidores

Instituição também cobra do governo federal melhorias das condições de trabalho; funcionários alegam riscos e má condições para exercer atividades

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está enfrentando um déficit de servidores especializados em meio ambiente, com apenas 49,2% dos funcionários em atividade. O restante é ocupado por 41,6% são de servidores que se aposentaram, enquanto aproximadamente 9,2% foram preenchidas por pensões em nome de servidores falecidos. Os servidores da instituição paralisaram na terça-feira (2), mas há riscos de que isso possa ocorrer novamente em maior amplitude, com a paralisação total de atividades externas.

Dados mais recentes mostram que há apenas 2.925 servidores do Ibama da carreira ambiental atuando no país. Entre as atividades realizadas por estes funcionários estão a fiscalização de crimes ambientais, concessão de licenciamentos e pesquisas, contudo, eles relatam riscos e más condições de trabalho. Eles também são responsáveis por monitorar 336 unidades de conservações, terras indígenas e combate a incêndios.

Embora o Ministério do Meio Ambiente tenha afirmado que a reestruturação das carreiras ambientais é uma prioridade e está em negociação com o Ministério da Gestão, o Ibama acredita que, mesmo com a abertura de 2.408 vagas por meio de concurso público, ainda haverá deficiências. Em dezembro, durante a realização da Conferência do Clima da ONU, a COP 28, mais de 1.500 servidores da instituição e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) cobraram do governo federal por mais melhorias das condições de trabalho.

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