Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) revela que Minas Gerais é responsável por 18,1% de todo parque brasileiro de energia solar, a notícia é ainda mais importante se levarmos em consideração que a região com maior capacidade de geração de energia solar é justamente a região mais pobre do estado: o vale do Jequitinhonha.
Para a Secretaria de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais ( SEDINOR) a região possui um dos melhores índices de radiação do planeta, considerando a intensidade anual. O Vale do Jequitinhonha que possui uma economia predominantemente rural, com dificuldades em diversificá-la, agora pode ter uma real chance de se tornar um polo de geração de energia, isso claro pode trazer um grande diferencial
competitivo já que o preço baixo para produção pode atrair empresas de vários segmentos para a região.
Como exemplo da força do setor na economia local, temos a cidade de Pirapora (MG) que possui uma usina com uma potência total de 150MW, suficientes para atender 123 mil residências, média, o que gera o barateamento de energia para famílias e aumenta o potencial de consumo em outras áreas, lembrando que pelos dados do IBGE em média 60% dos gastos das famílias estão com alimentação e moradia(incidindo não só o aluguel, mais abrangendo também água e luz.)
Outra vantagem da energia solar sob um prisma ambiental e que ela reduz a pressão sobre os recursos hídricos das regiões mais secas priorizando a água para o consumo humano, isso alivia o problema da seca na região e o acesso à água potável a pequenas famílias.
Os investimentos no setor na região já ultrapassam 1 bilhão de reais, só em 2023 a empresa Orion-E prepara investimentos em torno de R$ 225 milhões com foco na região do Alto Jequitinhonha.
A energia solar no vale do Jequitinhonha pode ser tornar o que o Petróleo foi para os Emirados Árabes e fazer nascer uma nova potência enérgica no país, Minas avança.
As informações são do Colunista David Muller