O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu para a próxima quarta-feira (24) a data de julgamento que decidirá se o porte de drogas para uso pessoal deve ser considerado crime. O caso teve início em 2015, mas foi interrompido após um pedido de vista feito pelo falecido ministro Teori Zavascki.
Após o trágico acidente aéreo que vitimou o ministro Teori em 2017, o processo foi herdado pelo ministro Alexandre de Moraes, que o liberou para julgamento em novembro de 2018.
Até o momento, três ministros do STF já votaram a favor da descriminalização do porte de drogas para uso pessoal. Por se tratar de um caso de repercussão geral, a decisão do STF terá efeito em todas as ações relacionadas que tramitam na Justiça do país.
O relator do caso é o ministro Gilmar Mendes, que se posicionou pela inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei de Drogas, o qual estabelece penas para aqueles que compram, guardam, transportam ou portam drogas para consumo pessoal. Segundo Mendes, sanções administrativas seriam mais apropriadas para esses casos, em vez de punições penais.
Os ministros Roberto Barroso e Edson Fachin acompanharam o relator ao considerar o artigo 28 inconstitucional, porém limitaram seu voto ao porte de maconha.
O julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas para consumo próprio será o quarto item da pauta do STF na sessão do próximo dia 24, a ser realizado no plenário da corte. A expectativa é de que o resultado desse julgamento tenha impacto significativo no tratamento legal relacionado ao porte de drogas para uso pessoal em todo o país.
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