Mortos por terremoto na Turquia e na Síria passam de 15 mil; turcos cobram ação do governo, e Erdogan admite dificuldades

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, reforçou que ‘o tempo está acabando para os milhares de feridos e desaparecidos entre os escombros’

O terremoto de 7,8 graus de magnitude registrado na Turquia e na Síria provocou, até o momento, ao menos 12 mil mortes. Na Turquia, o número de vítimas fatais chegou a 12.391, de acordo com último balanço apresentado pelas autoridades locais. O governo declarou sete dias de luto e estado de emergência de três meses nas províncias mais afetadas. Na Síria, por outro lado, o número de mortos subiu para 2.992. A informação é do governo de Damasco e das equipes da Defesa Civil nas zonas controladas por rebeldes. Milhares de socorristas trabalham em temperaturas gélidas para encontrar sobreviventes sob as ruínas de edifícios que desabaram dos dois lados da fronteira. Nesta quarta-feira, 8, apesar das dificuldades, as equipes de resgate salvaram crianças que estavam nos escombros de um imóvel na província turca de Hatay, onde municípios desapareceram por completo. No entanto, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou que “o tempo está acabando para os milhares de feridos e desaparecidos entre os escombros”.

Mesmo com os trabalhos constantes, milhares de turcos cobram ação do governo para intensificar os resgates. Um deles é Ali, que está na cidade de Kahramanmaras, no epicentro do terremoto. Ele tem esperança de encontrar com vida o irmão e o sobrinho, presos entre os escombros. “Onde está o Estado? Onde está?”, pergunta, desesperado. As críticas da população são endossadas por Ugur Poyraz, secretário-geral do partido de oposição Iyi. “A ajuda definitivamente não está sendo coordenada de modo profissional”, diz. “Cidadãos e equipes locais estão se unindo às operações de resgate por conta própria para salvar as pessoas nos escombros”, acrescenta. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que visitou a província de Hatay nesta quarta-feira, admitiu que existem “deficiências” na resposta ao terremoto e disse que “é impossível estar preparado para uma catástrofe como essa”. A angústia também domina a localidade síria de Jindires, em uma área controlada pelos rebeldes, onde “há mais pessoas sob os escombros do que acima deles”, afirmou Hassan, morador da região. “Há cerca de 400, 500 pessoas presas sob cada edifício, com apenas dez tentando retirá-las. E não há máquinas”, lamentou.

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Após o desastre, países prometeram ajuda a Turquia. Entre eles estão China, Estados UnidosUcrânia e Emirados Árabes Unidos. O governo brasileiro também informou nesta quarta-feira (8) que está enviando uma missão humanitária para ajudar nas buscas e resgate das vítima do terremoto. A missão humanitária será composta por 22 socorristas e médicos do Corpo de Bombeiros de São Paulo, outros 20 das Defesas Civis de Minas Gerais e Espírito Santo e quatro cães especializados na busca de sobreviventes – um dos animais participou do resgate das vítimas do desastre da cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, que deixou quase 270 mortos em 2019. A missão humanitária ordenada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também prevê o transporte de cinco toneladas de equipamentos para busca de pessoas e de ajudas para as vítimas. Já a Síria conta principalmente com a ajuda da Rússia.

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